A luta entre Dricus Du Plessis e Sean Strickland, no UFC 312, foi marcada por um desempenho técnico eficiente, mas longe de ser empolgante, como nos tempos de Anderson Silva.
Du Plessis, campeão dos médios, defendeu com sucesso seu cinturão, dominando Strickland de maneira implacável e, ao mesmo tempo, desestimulante para quem esperava uma luta mais dinâmica.
Embora eficaz, o sul-africano não empolga como campeões do passado. Para muitos fãs e alguns especialistas, assistir ao atual campeão pode parecer uma tortura, considerando a exuberância que o Spider trouxe à categoria.
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Saudosismo ou realidade? Anderson Silva encantava mais que Du Plessis?
Igor Serafini, do Canal Punch, resumiu a frustração de muitos fãs e especialistas ao assistir a essa luta sem grandes destaques técnicos. Sua citação reflete o sentimento de que o MMA, especialmente na divisão dos médios, perdeu parte de sua magia.
Sem querer ser saudosista, mas já sendo saudosista, quem viu Anderson Silva nos médios ter que assistir Du Plessis e Strickland beira uma forma cruel de tortura. Nunca mais surgiu algo próximo de um Anderson Silva nesse esporte.
Enquanto lutadores como Anderson Silva criaram uma conexão com os fãs por meio de suas atuações criativas e audaciosas, os campeões atuais, como Du Plessis, embora vitoriosos, não conseguem replicar esse mesmo encantamento.
A eficiência de Du Plessis é inegável, mas para quem já vivenciou a era de Anderson Silva, a experiência se torna um mero reflexo do que o esporte costumava oferecer de melhor.
Sem querer ser saudosista, mas já sendo saudosista, quem viu Anderson Silva nos médios ter que assistir Du Plessis e Strickland beira uma forma cruel de tortura.
Nunca mais surgiu algo próximo de um Anderson Silva nesse esporte. Podem ter surgido lutadores mais eficientes, como… pic.twitter.com/9GnHrjDFRX
— Igor Serafini (@igorserafini_) February 12, 2025
O estilo de luta de Anderson Silva e a falta de brilho de Dricus du Plessis
Anderson Silva foi um dos maiores campeões da história do UFC, e sua abordagem ao MMA se destacava por sua leveza, criatividade e habilidade de encantar os fãs, além da eficiência “sobre-humana”.
Sua maneira de se movimentar no octógono e de finalizar adversários com golpes imprevisíveis, como o famoso nocaute contra Forrest Griffin ou Vitor Belfort, tornou-o uma figura icônica no esporte.
Silva não era apenas eficiente, mas também um verdadeiro artista do MMA, capaz de executar técnicas que transcendiam a competição pura, proporcionando aos fãs uma experiência única.
Por outro lado, Dricus Du Plessis, embora indiscutivelmente competente, não apresenta o mesmo espetáculo de habilidades e improvisação. Em sua defesa de cinturão contra Strickland, o sul-africano foi preciso, mas sua luta se caracterizou por um estilo mais direto, focado no volume de golpes e no controle territorial.
Não houve grandes momentos de brilho, como os vistos em lutas memoráveis de Anderson Silva. O fato de Du Plessis ter conseguido manter o ritmo e ainda quebrar o nariz de Strickland ao longo dos cinco rounds é uma prova de sua resistência e eficácia, mas faltou o “charme” que caracterizava os campeões do passado.