Em uma entrevista impactante, o jornalista Roberto Cabrini afirmou que, segundo a lei italiana, o acidente fatal de Ayrton Senna durante o GP de San Marino em 1994 foi, na verdade, um crime.
Cabrini revelou detalhes sobre aquele fim de semana trágico, incluindo informações sobre o falecimento de Roland Ratzenberger e a pressão que Senna sentia para continuar na competição, apesar de não querer correr.
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Roberto Cabrini abre o jogo sobre a morte de Ayrton Senna
De acordo com Cabrini, o acidente fatal de Senna foi, sob a ótica da legislação italiana, um crime. Ele argumenta que, segundo a lei italiana, a corrida que resultou na morte do piloto não deveria ter acontecido.
Pela lei italiana, quando acontece o que eles chamam de sinistro, o evento tem que ser automaticamente suspenso.
Cabrini, que acompanhou de perto os eventos daquele fim de semana, trouxe à tona uma informação chocante: um acidente fatal durante um evento esportivo exige a suspensão imediata da competição.
A corrida que vitimou Ayrton Senna não poderia ter sido realizada, porque o evento deveria ter sido suspenso. Se seguisse a lei, Senna não teria morrido.
No fim de semana que antecedeu a morte de Senna, Rubens Barrichello sofreu um acidente gravíssimo, quase fatal.
Já no sábado, o austríaco Roland Ratzenberger faleceu na pista, o que deveria cancelar o evento. Entretanto, uma mentira impediu fez a corrida acontecer e culminou na morte de Senna.
O pior fim de semana da história da Fórmula 1
Esse episódio trágico aconteceu em 1994, quando o mundo da Fórmula 1 estava marcado por uma série de acidentes. Rubinho, Ratzenberger e Senna foram vítimas.
Foi o fim de semana mais diferente, mais nefasto de toda a história da Fórmula 1. Na sexta-feira, teve o acidente do Rubens Barrichello, um acidente extremamente grave, o Rubinho quase morreu.
No sábado, morreu o Roland Ratzenberg e o próprio Senna me contou que ele não tinha morrido no hospital, mas sim na pista. Ele morreu na pista e tinha sido contada uma mentira para o evento acontecer.
De acordo com Cabrini, Senna revelou em uma conversa pessoal que Ratzenberger não havia morrido no hospital, como foi amplamente divulgado, mas sim na pista.
Senna me contou: “Cabrini, vou te contar, mas você não pode falar nada: o Ratzenberger morreu na pista, não morreu no hospital. Mas está sendo divulgado que ele morreu no hospital para possibilitar a realização do evento”.
A pressão para Ayrton Senna correr
A tensão daquele fim de semana estava em seu ápice, e Roberto Cabrini detalha que Senna estava relutante em continuar na competição.
Senna não queria correr. Se sentia muito pressionado.
A pressão não vinha apenas dos organizadores, mas também de um contexto mais amplo, envolvendo patrocinadores e expectativas globais.
Cabrini descreve o ambiente como tenso e intenso, onde o desejo de vitória se sobrepunha à preocupação com a segurança dos pilotos.
A revelação de Cabrini oferece uma nova perspectiva sobre a morte de Ayrton Senna, sugerindo que o acidente fatal poderia ter sido evitado se as regras italianas tivessem sido seguidas.
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