No próximo final de semana acontece o Grande Prêmio São Paulo de F1. A corrida em Interlagos promete trazer os fãs brasileiros de automobilismo em peso nas arquibancadas. Em meio a esse cenário, uma bomba chocou o paddock.
Isso porque a Mercedes anunciou a saída do engenheiro ‘responsável’ pelos carros da equipe na F1 em 2022 e 2023, anos em que o desempenho não foi o mesmo após o octacampeonato consecutivo de Construtores na categoria.
Engenheiro deixa Mercedes na F1
Como informado inicialmente pelo Motorsport.com, um engenheiro deixou a Mercedes às vésperas do GP do Brasil. Trata-se de Mike Elliot, que estava na equipe desde 2012 e foi importante no sucesso do time durante a era híbrida da F1.
Inicialmente, ele chegou como chefe de aerodinâmica da Mercedes após passar por McLares e Renault/Lotus. Em seguida, Elliot se tornou diretor técnico, mas acabou se afastando da função no início de 2023.
Isso porque Mike trocou de cargo com o CTO (Chief Technical Officer) James Allison. Como tinha contrato apenas até o final desta temporada, o engenheiro comunicou seu afastamento da Fórmula 1 após 23 anos.
? URGENTE ?
MIKE ELLIOT RENUNCIA AO CARGO DE DIRETOR TÉCNICO DA MERCEDES. pic.twitter.com/UziGKLv93y
— Blog Fórmula 1 (@blog_formula1) October 31, 2023
A tendência é que Mike Elliot cumpra um período de gardening leave, expressão inglesa que diz respeito ao tempo pelo qual o funcionário sênior de uma escuderia tem de ficar afastado da categoria antes se ir para outra equipe).
Fato é que o engenheiro virou alvo de polêmica após assumir a diretoria técnica da Mercedes na F1, em abril de 2021, quando substituiu James Ellison. Mike foi o responsável pela supervisão de engenharia da equipe no ano do último título de construtores, quando Lewis Hamilton acabou perdendo o título de pilotos para Max Verstappen, da Red Bull.
Já no ano seguinte, Elliot foi o responsável pelo projeto do carro da Mercedes. Com a revolução técnica da categoria para a última temporada, incluindo a volta do efeito solo, a equipe apostou suas fichas num monoposto com sidepod minimalista, conhecido como zeropod.
Contudo, o desempenho da Mercedes foi decepcionante, terminando 2022 apenas na 3ª posição. O zeropod foi mantido no W14 para este ano na Fórmula 1. Mais uma vez, o modelo começou o ano em baixa.
Por conta disso, a equipe decidiu trazer James, diretor técnico entre 2017 e 2021, de volta ao cargo visando uma melhora imediata para terminar a temporada na vice-liderança no Campeonato de Construtores da categoria.