No próximo final de semana acontece o Grande Prêmio de Fórmula 1 em São Paulo. A expectativa é que os fãs de automobilismo encham as arquibancadas de Interlagos para prestigiar a categoria no Brasil.

Em meio a esse cenário, os torcedores brasileiros não escondam a frustração por não ver um piloto do país no grid da F1. Atualmente, Felipe Drugovich e Pietro Fittipaldi são reservas na Aston Martin e na Haas, respectivamente.

Com a polêmica lançada, Sérgio Sette Câmara, da equipe ERT, da Fórmula E, e ex-piloto da Fórmula 1, desvendou a ausência de brasileiros na categoria em entrevista exclusiva ao jornalista Carlos Soares, do Esportelândia.

A opinião de Sette Câmara sobre a falta de brasileiros na Fórmula 1

Sette Câmara foi piloto reserva e de testes da Toro Rosso, antiga AlphaTauri, Red Bull e McLaren. Hoje na Fórmula E, o brasileiro de 25 anos deu sua opinião sincera sobre a falta de representantes do país na F1.

O piloto deu ar de mistérios e confessou não entender a ausência de brasileiros no grid da categoria. Sérgio Sette Câmara revelou seu espanto com a situação de Drugovich na Aston Martin, onde deve fechar a temporada como reserva:

“Sinceramente achava que o Drugo estaria no grid, fiquei surpreso de ver que ele não estava. Ele ainda tem chances de entrar, mas a cada ano que passa que conquistou o título (da Fórmula 2, em 2022), vai dificultando. Ele não pode ficar muito tempo na posição de reserva, isso não é bom”.

O piloto de Fórmula E, assim como os apaixonados por automobilismo no Brasil, apostam suas fichas em Gabriel Bortoleto, que foi campeão da F3 em 2023, título inédito para o automobilismo do país. Sette Câmara acredita que o futuro do piloto de 19 anos pode ser a Fórmula 1:

“Gabriel Bortoleto teve um ano excepcional na Fórmula 3 e é um grande nome para buscar a F1. É muito importante nas categorias de base chegar e ganhar. Isso o Gabriel conseguiu fazer.  (Oscar) Piastri, (Charles) Leclerc, (George) Russel, todos eles fizeram F3, ganharam, F2, ganharam, no ano de rookie (estreante). (Bortoleto) já fez a primeira parte, agora tem que ir pra F2 e tentar buscar o título no primeiro ano. Aí eu me surpreenderia muito se ele não fosse para F1 fazendo isso. Seria um absurdo!”.

Matheus Cristianini

Jornalista formado pela Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" - Unesp Bauru. Com passagens por Antenados no Futebol, Bolavip Brasil e Minha Torcida. Apaixonado por automobilismo, sobretudo Fórmula 1.