Quem começou a acompanhar a Fórmula 1 nos últimos anos e viu apenas os resultados recentes pode não saber, mas a Williams é uma das equipes mais tradicionais e vitoriosas da história da categoria.
A escuderia britânica é também marcante para os pilotos brasileiros, com momentos positivos e outros muito tristes.
Foi correndo pela Williams que Nelson Piquet conquistou seu tricampeonato, em 1987. E foi também com o carro da equipe britânica que Ayrton Senna se acidentou durante o GP de San Marino e morreu em 1º de maio de 1994.
Antonio Pizzonia, Rubens Barrichello, Bruno Senna e Felipe Massa também estão entre os brasileiros que correram pela terceira escuderia com mais títulos na história da Fórmula 1.
Fique com a gente para conhecer todos os detalhes da história da Williams F1, reviver os momentos de glória e compreender as razões para a crise da equipe nos últimos anos!
História da Williams

A criação da Williams e a sua estreia na Fórmula 1 aconteceram em 1977. Depois de outras tentativas de se estabelecer na principal categoria do automobilismo, Frank Williams se juntou ao engenheiro Patrick Head e, enfim, fundou a Williams Grand Prix Engineering.
Em sua primeira temporada na F1, a Williams usava um carro da March e contava somente com o belga Patrick Nève como piloto. Já em seu segundo ano na categoria, a equipe passou a ser, efetivamente, uma construtora.
Em 1979, em sua primeira temporada com dois pilotos, a Williams conquistou suas primeiras vitórias na Fórmula 1. O primeiro triunfo veio com o suíço Clay Regazzoni, no GP da Grã-Bretanha.
Naquele ano, o australiano Alan Jones venceu outros quatro GPs e terminou o mundial de pilotos na terceira colocação.
Primeiros títulos da Williams na F1
Alan Jones foi o primeiro piloto a ser campeão da F1 pela equipe. Ele levou o título de 1980, ano em que o time fundado por Frank Williams conquistou também seu primeiro Mundial de Construtores.
Um ano depois, o título de pilotos ficou com o brasileiro Nelson Piquet, que competia pela Brabham. Porém, a dupla formada por Alan Jones e pelo argentino Carlos Reutemann deu o bicampeonato de construtores à Williams.
A série de títulos da equipe britânica continuou em 1982, quando o finlandês Keke Rosberg foi campeão do mundial de pilotos.
Nelson Piquet campeão mundial pela Williams

Em 1983 e 1984, a dupla formada por Rosberg e o francês Jacques Laffite não brigou por títulos. A Williams voltou a ser campeã de construtores em 1986, quando Nelson Piquet substituiu Keke Rosberg e passou a formar parceria com Nigel Mansell.
Já em 1987, Piquet superou Mansell na disputa entre os pilotos da Williams e foi tricampeão mundial. Aquela temporada coroou o quarto título da equipe no Mundial de Construtores.
Mais títulos para a Williams, com Mansell e Prost
A escuderia britânica teve um curto período de jejum até 1992. Depois de ter passado pela Ferrari, Nigel Mansell retornou e, enfim, conquistou seu aguardado título na Fórmula 1.
Seu companheiro de equipe, Riccardo Patrese, foi vice-campeão, garantindo mais um Mundial de Construtores para a Williams.
Em 1993, foi a vez de Alain Prost ser campeão do mundial de pilotos pela Williams. O francês e o britânico Damon Hill, que herdou a vaga de Mansell após sua saída para a Indy, deram mais um título na disputa entre equipes ao time de Frank Williams.
Morte de Ayrton Senna pela Williams

Em 1994, a Williams voltou a agitar o mercado de pilotos e contratou o brasileiro Ayrton Senna. O tricampeão mundial, entretanto, competiu pela equipe por apenas três corridas.
No GP de San Marino, em 1º de maio de 1994, Senna perdeu o controle de sua Williams, que teve uma barra de direção quebrada, e se chocou com o muro violentamente na curva Tamburello. Naquele momento, ele havia reduzido a velocidade de 300 km/h para 200 km/h.
Senna foi atendido na pista do autódromo Enzo e Dino Ferrari, em Ímola, na Itália, e levado de helicóptero para o hospital, onde foi constatada sua morte cerebral.
O título de pilotos em 1994 ficou com o alemão Michael Schumacher, da Benetton. A Williams levou o mundial de construtores, com Nigel Mansell e David Coulthard se alternando como companheiros de Damon Hill.
Hill e Villeneuve: os últimos campeões pela Williams
Em 1996, Damon Hill aproveitou a transferência de Michael Schumacher da Benetton para a Ferrari e conquistou seu único título da Fórmula 1.
O piloto britânico formava dupla com o canadense Jacques Villeneuve. Juntos, eles deram mais um título de construtores à Williams.
No ano seguinte, apesar do título, Hill foi dispensado pela equipe. O alemão Heinz-Harald Frentzen passou a correr ao lado de Villeneuve, que se sagrou campeão mundial.
Novamente, a Williams foi campeã do campeonatos entre equipes.
Troca de motores e queda da Williams
Depois da temporada 1997, a Renault, até então fornecedora de motores da Williams, deixou a Fórmula 1. A equipe fez parceria então com a Mecachrome, que, mais tarde, passou a se chamar Supertec, e não conseguiu manter o domínio dos anos anteriores.
A partir de 2000, a Williams passou a usar motores BMW e voltou a figurar entre as primeiras colocadas do mundial de construtores, mas não o suficiente para brigar por títulos.
A parceria com a fornecedora alemã durou até 2006, quando a BMW deixou a F1 e a Williams começou a usar motores Cosworth. Naquela temporada, a equipe ficou apenas em 8º lugar no Mundial de Construtores.
Entre 2007 e 2009, a Toyota passou a fornecer motores à Williams. Nesses anos, a equipe seguiu distante do histórico de glórias na Fórmula 1.
Cosworth e Renault voltaram a ser parceiras nas temporadas seguintes, também sem conseguir alavancar o desempenho da equipe.
No período de baixa da Williams, os brasileiros Rubens Barrichello, Bruno Senna e Felipe Massa passaram por lá, sem conseguir repetir o sucesso de Nelson Piquet, campeão pela escuderia em 1987.
Pior crise da história da Williams

A Williams até ensaiou uma reação com os novos motores turbo-híbridos em 2014, ficando em terceiro no Mundial. Porém, a partir de 2016, a equipe passou a conviver com a queda de rendimento na Fórmula 1.
Em 2018, a Williams foi a última colocada da Fórmula 1. O que parecia ruim piorou em 2019, com apenas um ponto marcado em toda a temporada.
Filha de Frank, Claire Williams seguiu no comando da equipe fundada por seu pai até setembro de 2020, quando deixou a escuderia.
Com a saída de Claire, a Williams anunciou sua venda para o Dorilton Capital, fundo de investimentos norte-americano que segue dirigindo a escuderia até hoje.
“Tomei a decisão de deixar o time para permitir um novo começo para a Dorilton. Não foi uma decisão fácil, mas acredito que é a mais acertada com todos os envolvidos. Fui enormemente privilegiada em ter crescido nesse time e no maravilhoso mundo da Fórmula 1. Amei cada minuto e vou ser eternamente grata pelas oportunidades que me ofereceram”, declarou Claire após deixar a Williams.
Vá além do automobilismo e confira conteúdos sobre outros esportes:
- Daniel Dias: biografia, medalhas e recordes na natação
- Regras do atletismo: como funcionam todas as provas olímpicas
- Mapa do Fortnite: conheça os melhores locais para pegar loot
- Skate nos X Games: história, campeões e os momentos marcantes
- Tudo do surf em ondas gigantes: principais picos e recordes
Qual a cidade e o estado da Williams?
A Williams está sediada na vila de Grove, no condado de Oxfordshire, no sudeste da Inglaterra.
Quem é o dono da Williams?
Filha de Frank, Claire Williams seguiu no comando da equipe fundada por seu pai até setembro de 2020, quando deixou a escuderia.
Com a saída de Claire, a Williams anunciou sua venda para o Dorilton Capital, fundo de investimentos norte-americano que segue dirigindo a escuderia até hoje.
Quantos títulos de pilotos tem a Williams?

A Williams tem 7 títulos de pilotos em sua história na Fórmula 1, todos conquistados entre 1980 e 1997. A equipe britânica é a quarta maior vencedora do Mundial de Pilotos, atrás de Ferrari, McLaren e Mercedes.
Curiosamente, nenhum piloto foi bicampeão pela equipe britânica e quatro deles deixaram a escuderia após levarem o título: Nelson Piquet, Nigel Mansell, Alain Prost e Damon Hill.
Além desse quarteto, Alan Jones, Keke Rosberg e Jacques Villeneuve também foram campeões pela Williams.
A Williams foi campeã do Mundial de Pilotos da Fórmula 1 em 1980, 1982, 1987, 1992, 1993, 1996, 1997.
Confira, na lista abaixo, qual piloto foi responsável por cada título!
Pilotos campeões da Fórmula 1 pela McLaren
- Alan Jones: 1980
- Keke Rosberg: 1982
- Nelson Piquet: 1987
- Nigel Mansell: 1992
- Alain Prost: 1993
- Damon Hill: 1996
- Jacques Villeneuve: 1997
Quantos títulos de construtores tem a Williams?

A Williams tem 9 títulos do Mundial de Construtores na Fórmula 1. A equipe britânica é a segunda maior vencedora da categoria nessa disputa, atrás apenas da Ferrari, com 16 conquistas.
Todos os títulos de construtores da Williams aconteceram entre as décadas de 1980 e 1990, quando a equipe viveu seu auge na maior categoria do automobilismo.
As conquistas dos Mundiais de Construtores da Williams foram alcançadas em 1980, 1981, 1986, 1987, 1992, 1993, 1994, 1996, 1997.
Maiores pilotos da história da Williams
- Alan Jones
- Keke Rosberg
- Nelson Piquet
- Nigel Mansell
- Alain Prost
- Damon Hill
- Jacques Villeneuve
Alan Jones

O australiano Alan Jones foi o primeiro piloto campeão da Fórmula 1 pela Williams. Ele levou o título de 1980, vencendo a disputa com o brasileiro Nelson Piquet, que corria pela Brabham.
Jones correu pela Williams entre 1978 e 1981. Além de um título, ele foi por duas vezes terceiro colocado no Mundial de Pilotos.
Keke Rosberg

O finlandês Keke Rosberg correu pela Williams entre 1982 e 1985. Logo em sua temporada de estreia pela equipe, ele levou o título da F1.
Ele é pai de Nico Rosberg, que também foi piloto da Williams, entre 2006 e 2009, além de ter sido campeão em 2016, pela Mercedes.
Nelson Piquet

Nelson Piquet chegou à Williams com dois títulos da Fórmula 1 no currículo. Em 1987, ele levou o tricampeonato.
Naquele ano, o brasileiro venceu a disputa interna com Nigel Mansell pelo título da categoria.
Depois de ser campeão pela Williams, Piquet se transferiu para a Lotus.
Nigel Mansell

Nigel Mansell teve duas passagens pela Williams. A primeira delas aconteceu entre 1985 e 1988. Depois de duas temporadas pela Ferrari, ele retornou em 1991.
O tão sonhado título de Mansell na Fórmula 1 veio em 1992, com 9 vitórias, 14 poles e 8 voltas mais rápidas.
Depois de ser campeão da F1, Nigel Mansell partiu para a Fórmula Indy, categoria que ele também venceu, em 1993.
Alain Prost

Alain Prost havia deixado a Fórmula 1 em 1991, demitido pela Ferrari, e não disputou a temporada de 1992.
Em 1993, o francês foi contratado pela Williams e, naquela que foi sua última temporada na Fórmula 1, conquistou seu tetracampeonato.
O título veio com duas corridas de antecedência e assegurado por sete vitórias na temporada. O francês terminou o ano com 26 pontos de vantagem sobre o vice-campeão Ayrton Senna.
Damon Hill

Damon Hill é filho do bicampeão mundial Graham Hill. Assim como seu pai, ele também conquistou a Fórmula 1.
Em 1996, Hill foi campeão ao superar a disputa com seu companheiro de equipe, Jacques Villeneuve, e com o alemão Michael Schumacher, que estreava pela Ferrari.
Curiosamente, mesmo tendo conquistado o título da F1, Damon Hill foi demitido por Frank Williams e teve de mudar de equipe em 1997.
Jacques Villeneuve

O canadense Jacques Villeneuve levou o título da Fórmula 1 logo em sua segunda temporada na Fórmula 1, em 1997. Em sua estreia, ele havia ficado com o vice-campeonato.
Depois de ser campeão, Villeneuve ainda passou mais uma temporada na Williams e nunca mais esteve, efetivamente, na briga pelo título da F1.
Maiores chefes de equipe da Williams

Entre os maiores chefes de equipe da história da Williams, não há espaço para outro nome que não seja o de Frank Williams.
Fundador da equipe em 1997, ao lado de Patrick Head, Sir Frank Williams já havia tentado, por duas vezes, conduzir uma equipe na Fórmula 1, com a Frank Williams Racing Cars (entre 1969 e 1975) e a Wolf–Williams Racing (1976).
Filha de Frank, Claire Williams passou a comandar a equipe nas últimas temporadas e luta para reerguer a escuderia.
Chefes de equipe e pilotos da Williams

- Pilotos da Williams: Alexander Albon (Tailândia) e Logan Sargeant (Estados Unidos)
- Chefes de equipe: James Volwes
Carro da Williams
- Motor: Mercedes
- Pneus: Pirelli
Recordes da Williams
- 114 vitórias, 313 pódios e 128 pole positions
- Quarta maior campeã na história da Fórmula 1, com 16 títulos (9 de construtores e 7 de pilotos)
- Segunda maior campeã do Mundial de Construtores da F1, com 9 títulos
- Quarta maior campeã do Mundial de Pilotos, da F1, com 7 títulos
Dona de uma passado recheado de glórias, a Williams tenta voltar a ser uma equipe competitiva na Fórmula 1. Você acredita que isso será possível?
Enquanto aguardamos pelo desempenho da Williams nas próximas corridas da F1, aproveite para alimentar sua paixão pelo automobilismo com outros conteúdos: