Em primeiro lugar, o basquete hoje está cada vez mais difundido no Brasil, entre futebol e vôlei. A saber, o dia internacional do basquete é dia 2 de dezembro. Mas, como o Brasil adora fazer a sua maneira quase tudo que pode, a terra tupiniquim também criou um dia especial para o esporte. Celebrem com Esportelândia o 12 de outubro: veja 12 curiosidades e depoimentos no dia nacional do basquete.
12 de outubro: dia nacional do basquete
Junto das mais notáveis comemorações nacionais, dia da Nossa Senhora Aparecida e das crianças, o basquete tem sua linha de arremesso nos corações brasileiros. Apesar de pesquisas feitas para entender o porquê e quando começou a valer a data festiva para o esporte, não foram revelados muitos detalhes.
Entende-se, então, que a data é nada mais do que uma homenagem a um esporte que cresce gradativamente no cenário nacional. A princípio, não há um motivo divulgado do porquê o Brasil passou a celebrar o basquete no dia 12 de outubro. Aos curiosos, fica o mistério.
12 de outubro: veja 12 curiosidades e depoimentos no dia nacional do basquete
Por certo, talvez não haja um, apenas escolheram o dia. Enquanto não surge um motivo contundente, ou algo interessante para dizer: “tá vendo? Faz todo o sentido ser nesse dia!”, o site Esportelândia traz aqui alguns dados curiosos e relevantes que aconteceram nesta data. Confira alguns fatos na história do 12 de outubro:
- Em 1999, faleceu um dos maiores jogadores da história da NBA, Wilt Chamberlain.
- Chris Ford acertou a primeira bola de 3 pontos na história da NBA.
- No ano de 1989, a NBA juntou-se ao USA Basketball, o órgão nacional do esporte nos Estados Unidos.
Em particular, no ano de 1979, tiveram estreias simultâneas de alguns All-Stars:
- Larry Bird no Celtics contra o Rockets.
- Magic Johnson no Lakers contra o Clippers.
- Bill Cartwright no Knicks contra o Hawks.
- Sidney Moncrief no Bucks contra o Kansas City Kings.
- Calvin Natt no New Jersey Nets contra o Cavaliers.
- Jim Paxson no Blazers contra o Jazz.
A saber, no ano de 1971, tiveram estreias de outros All-Stars:
- Fred Brown no Seattle SuperSonics contra o Buffalo Braves.
- Curtis Rowe no Pistons contra o Knicks.
- Randy Smith no Buffalo Braves contra o Seattle SuperSonics.
Em suma, duas curiosidades bônus vão para o ano de 1968, quando Lenny Wilkens foi negociado do Hawks para o SuperSonics, franquia onde seria honrado anos mais tarde com a camisa 19 aposentada. Ademais, em 1944, nasceu o duas vezes NBA All-Star Jack Marin na Pensilvânia.
Fato é que o 13 vezes NBA All-Star, primeiro eleito Hall of Fame e detentor de vários recordes, muitos dos quais nunca serão quebrados, a morte de Chamberlain talvez seja o fato mais relevante aqui.
Um último adendo fica para o lindo arremesso de três de Stephen Curry sobre Kobe Bryant em 2014. Em forte marcação de Kobe, Curry achou um espaço e acertou o chute de três, rendendo ainda um sorriso da lenda do Lakers.
October 12, 2014
Incredible respect between Kobe & Stephen ? pic.twitter.com/sMTv1xFZeo
— Golden State Warriors (@warriors) October 12, 2022
Brasileiros do esporte e depoimentos
Falando em relevância, fica aqui um obrigado por Oscar Schmidt ser brasileiro. Nosso Michael Jordan, ou melhor, nosso Larry Bird, já que o Mão Santa é fã declarado da lenda do Celtics.
Talvez seria interessante no Brasil a data ser algum dia 14, em alusão a sua histórica camisa, ou 16 de fevereiro, aniversário de Oscar. Contudo, não será surpresa caso, daqui a muitos anos, a data seja alterada para o dia de nascimento ou falecimento da lenda.
Assim como no futebol, o Brasil tem atletas renomados, como Rolando Ferreira (o primeiro brazuca na NBA), Hortência, Magic Paula, Fausto Giannecchini, Nilo Guimarães, Cadum, Arnaldinho, Carioquinha, Janeth Arcain, Helen Luz… todos os nomes além de tantos outros que foram importantes, cada um em sua época.
Enyo Correia (presidente da Federação Paulista de Basquete)
Em meio ao dia de decisão do Campeonato Paulista, Enyo Correia foi um dos que tiraram um tempinho para falar sobre o dia nacional do basquete. Cabe lembrar que recentemente o Esportelândia fez uma exclusiva com o gestor e, aos interessados em mais detalhes, é possível acompanhar por aqui: exclusiva com Enyo Correia, presidente da Federação Paulista de Basquete.
12 de outubro… o dia do basquete… bom, a Federação Paulista de Basquetebol, no caso comigo representando, parabeniza todos os basqueteiros do Brasil. Torcedores, imprensa, clubes de todos os estados, associações e ligas. Oficiais de quadra e mesa, diretorias dos clubes, patrocinadores que estimulam o desenvolvimento do basquete, o poder público também que ajuda muitas equipes com eventuais necessidades… Enfim, parabenizo todos vocês e agradeço de coração que o basquetebol no Brasil é um só.
Terminaremos o Paulista amanhã, mas de antemão também quero agradecer a todas as equipes que participaram de todas divisões, masculina e feminina, além de parabenizar os finalistas. Gratidão por fazerem parte dessa história de noventa e oito anos da nossa federação.
Carioquinha (ex-atleta da Seleção Brasileira de Basquete)
Milton Setrini Júnior, conhecido como Carioquinha, atuou pela Seleção Brasileira em duas Olimpíadas (1980 e 1984). Nos 13 anos de seleção, conquistou três Sul-Americano (1971, 1973 e 1983) e um Pan-Americano (1971). Por clubes também foi feliz com o Palmeiras (um Brasileiro e dois Paulista), no Tênis Clube São José (um Paulista e Brasileiro) e Flamengo, conquistando o Carioca duas vezes.
Com certeza para o Carioquinha é um dia especial, ainda mais sendo no mesmo dia da Nossa Senhora da Aparecida, da qual sou devoto. – ressaltou o multicampeão.
Rolando Ferreira (primeiro brasileiro a jogar na NBA)
Tivemos o prazer de falar com o ex-jogador da Seleção Brasileira Rolando Ferreira. Rolando foi convidado a estudar e jogar pela Universidade de Houston e, no segundo ano, foi selecionado pelo Portland Trail Blazers na segunda rodada do draft da NBA em 1988, tornando-se o primeiro brasileiro a jogar na NBA.
Falar um pouquinho da minha experiência no basquete… na minha vida, na verdade, é tudo, sabe? Tudo que tenho, devo ao basquete. Porque quando eu era moleque, antes de começar a jogar, eu morria de medo de ser alto. Então, achei no basquete meu local. Logo, comecei a treinar e me dedicar ao esporte.
Se não fosse o basquete, digamos que não seria aceito na sociedade, entende? Me tornei profissional, vivi do basquete, criei meus filhos, família… era a minha profissão e é uma coisa que amo até hoje. De fato, é tudo na minha vida, devo muito ao basquete.
Fausto Giannecchini (ex-atleta da Seleção Brasileira de Basquete)
Fausto Giannecchini é uma lenda do basquete brasileiro pelo número de títulos conquistados por clubes e seleção. Nos 12 anos pela Seleção Brasileira, conquistou três Sul-Americano (1973, 1977 e 1983).
Por clubes, possui uma vasta galeria de títulos. Em resumo, ganhou no Franca: quatro Sul-Americano, cinco Brasileiros e quatro Paulistas. No Vila Nova sagrou-se campeão do Brasileiro em 1973 e pelo Sírio, bateu campeão do Sul-Americano (1984) e Brasileiro (1983).
O basquete foi muito importante porque me ajudou a realizar meu sonho. Eu era um menino que jogava numa quadra de terra na cidade de Olímpia, vim pra Franca realizar o sonho de jogar em Franca, mesmo clube de meu irmão. Vi meu pai jogar na Seleção Brasileira…
Então, o basquete me ajudou em tudo, conheci o mundo, pessoas, joguei contra grandes jogadores. Me ajudou com autoestima, timidez, competitividade, disciplina, persistência… joguei ao lado de craques do basquete brasileiro. Então, devo muito ao esporte e hoje passo esses valores pros mais jovens, nossos professores, nossa gestão através do nosso projeto dentro do esporte.
Nilo Guimarães (ex-atleta da Seleção Brasileira de Basquete)
Por clubes, foi bicampeão do Campeonato Carioca com o Flamengo. Pela Seleção Brasileira, Nilo foi bicampeão Sul-Americano (1983 e 1985) e participou das Olimpíadas de 1984, além dos Mundiais de 1982 e 1986. Consagrado na história do basquete nacional, Nilo atendeu o Esportelândia para depor sobre o que significa este dia.
Sou um apaixonado como todo basqueteiro. É um jogo muito dinâmico que não dá tempo de ler. Um retrato da vida. Não dá tempo de ficar festejando… você fez uma cesta, tem que voltar, senão os caras ficam em cima de você para ganhar.
Então, é um jogo muito interessante que mexe com o psicológico de quem o pratica. Posso dizer que, através do basquete, tive minha formação, minha formação educacional, enfim, do respeito. De poder ver o que é uma competição… a competição da vida.
Por fim, o Esportelândia felicita as comemorações deste dia 12 de outubro, dentre elas, o nosso querido basquetebol. Em homenagem ao esporte aqui no Brasil, durante esta semana serão publicadas algumas exclusivas com personalidades do basquete nacional.
Foto destaque: Divulgação/Kelly Sikkema /Unsplash
