Para apreender um pouco mais sobre no esporte que mais cresce no Brasil, é fundamental conhecer as categorias do fisiculturismo masculino e entender alguns de seus principais critérios de julgamento.
Pensando nisso, preparamos este artigo para que você possa conhecer melhor as categorias da divisão masculina.
Afinal, para um leigo ou principiante no esporte, é inegável que o bodybuilding e as categorias do fisiculturismo podem parecer bem confusas para quem não está familiarizada com seus detalhes.
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Quais são as categorias do fisiculturismo masculino?
No fisiculturismo, houve a criação de diversas categorias que atendem a diferentes perfis de atletas. Algumas dessas categorias do fisiculturismo masculino foram eliminadas ao longo da história, enquanto outras foram adicionadas.
Atualmente, existem quatro principais categorias no fisiculturismo masculino, reconhecidas pela Federação NPC (Comitê Nacional de Físicos), a organização mais prestigiada e influente no mundo do fisiculturismo:
- Men’s Physique;
- Classic Physique;
- Open;
- 212;
- Cadeira de rodas.
Dentro das categorias do fisiculturismo, a Open e a 212 são derivações diretas da categoria Bodybuilder, a mais tradicional e conhecida do fisiculturismo.
No cenário amador, os competidores mais pesados competem na categoria Bodybuilder. Ao se tornarem profissionais, eles podem escolher entre competir na 212, que é destinada a atletas com até 96 kg (212 libras), ou na Open, onde não há limite de peso.
Nesta matéria, o foco será nas categorias do fisiculturismo masculino presentes na federação do Mr. Olympia, o show de fisiculturismo mais importante do mundo.

Categoria Men’s Physique
Entre as diversas categorias do fisiculturismo masculino, a “Men’s Physique” é uma das mais recentes adicionadas pela Federação NPC (Comitê Nacional de Físicos).
Esta categoria se destaca por promover um físico mais natural, alinhado ao padrão de beleza predominante na sociedade atual, e é frequentemente descrita como um “físico de praia”.
Diferente de outras categorias que exigem grande volume muscular, a Men’s Physique valoriza um corpo simétrico e harmonioso, sem exageros. Os atletas desta categoria posam utilizando bermudas, enfatizando um físico atraente e acessível.
O perfil ideal para um competidor de Men’s Physique inclui ombros largos, peitorais volumosos, braços densos, costas com profundidade, e, acima de tudo, uma cintura fina.
Esse conjunto cria a desejada silhueta em forma de “V”, indo da cintura pequena aos ombros largos, que é um dos principais critérios de avaliação nesta categoria.
Em resumo, a Men’s Physique é voltada para aqueles que buscam um físico esteticamente agradável e equilibrado, priorizando a simetria e a proporção muscular, sem a necessidade de alcançar o tamanho extremo característico de outras categorias no fisiculturismo.

Precisa bater peso na Men’s physique?
Há uma relação de peso x altura na categoria Men’s Physique que foi adicionada em 2023. Antes disso, os atletas não tinham limite de tamanho de peso corporal.
Ou seja, aos poucos vinha se notando uma grande evolução no tamanho dos atletas da Men’s Physique. Fazendo com que a ideia inicial de ser uma categoria mais estética se perdesse ao longo dos anos.
Agora, os atletas da Men’s, uma das categorias do fisiculturismo masculino, devem se atentar à nova relação de peso x altura.
A nova relação pode ser vista com detalhes no vídeo a seguir.
Principais atletas da Men’s Physique
Dentre os principais nomes atuais da primeira das categorias do fisiculturismo, se destacam o Ryan Terry, atual campeão do Mr. Olympia.
Logo após ele, os atletas Diogo Montenegro (5º colocado no Olympia 2023) e Brandon Hendrickson (2º colocado no mesmo show) valem ser destacados.
Diogo Montenegro pode ser considerado, inclusive, o maior brasileiro da categoria na história. O atleta já conquistou o título do Arnold Classic Ohio no ano de 2024 e sempre é tido como um dos favoritos ao título de melhor do mundo.
Encerrando essa classe dentro das categorias do fisiculturismo, vale lembrar de outros brasileiros que possuem uma legião de fãs, como Carlos de Oliveira, Edvan Palmeira e Felipe Franco.

Categoria Classic Physique
A Classic Physique é a mais recente adição ao universo das categorias do fisiculturismo, e conseguiu se tornar uma das categorias mais populares e disputadas no cenário mundial.
Desde sua inclusão na NPC (National Physique Committee), ela trouxe de volta a estética dos físicos clássicos, rememorando a chamada “era de ouro” do bodybuilding.
A criação da Classic Physique entre as categorias do fisiculturismo masculino atende ao desejo de muitos atletas e fãs que buscavam um retorno ao equilíbrio entre tamanho muscular e proporção.
Em contraste com a categoria pesada, que ao longo dos anos passou a priorizar o volume muscular extremo e uma definição apenas razoável, a Classic Physique valoriza a simetria, a harmonia entre os grupos musculares e uma cintura mais fina.
A forma física ideal para um atleta da Classic Physique remete aos ícones do passado, com corpos bem definidos, proporções equilibradas e poses que evidenciam cada detalhe muscular. Aqui, a ênfase é em físicos esteticamente agradáveis.
Em resumo, a Classic Physique se destaca por sua busca por um físico harmônico, onde a simetria entre membros superiores e inferiores é fundamental. Esta categoria conseguiu estabelecer um padrão estético que continua a inspirar novos atletas em todo o mundo.

Precisa bater peso na Classic?
Sim, e essa é a principal diferença desta categoria para outras categorias do fisiculturismo. Os atletas desta classe precisam bater um peso pré-determinado de acordo com sua altura.
Ao contrário do que aconteceu na categoria Men’s Physique, a Classic sempre teve a tabela de peso e altura. Sendo este, seu principal diferencial entre as outras categorias do fisiculturismo masculino.

Vale notar que, até 2022, a tabela de peso da Classic Physique era menor. Os atletas tinham uma maior limitação e isso estava fazendo com que os físico parassem de evoluir mais cedo. Além de causar desproporções entre os atletas mais baixos e mais altos.
Assim, em 2022 foi realizado uma atualização na tabela de peso onde algums gramas foram acrescentadas na relação, fazendo toda a diferença necessária para a categoria continuar chamando a atenção positivamente.
Principais atletas da Classic Physique
No cenário atual adas categorias do fisiculturismo, é impossível ignorar o domínio de Chris Bumstead, que conquistou o título de melhor atleta na categoria Classic Physique cinco vezes consecutivas.
Considerado por muitos especialistas como uma lenda em formação, Bumstead parece estar destinado a permanecer no topo por mais alguns anos, ignorando uma provável aposentadoria precoce que já foi premeditada.
O Brasil tem motivos para se animar com o único atleta que pode desafiar o canadense. Ramon “Dino” Queiroz, natural do Acre, ganhou destaque mundial ao conquistar o segundo lugar no Mr. Olympia em 2022 e 2023.
Toda sua carreira com ascensão meteórica sugere o reconhecimento como o principal sucessor de Bumstead indicam que ele estará pronto para enfrentar o atual campeão em 2024.
Além de Dino, a elite da Classic Physique conta com outros nomes de peso, como Urs Kalecinski, Wesley Vissers, Breon Ansley e Terrence Ruffin.
A divisão da categoria Bodybuilder
Para entender o restante do texto sobre as categorias do fisiculturismo, é importante dizer que quando o atleta da Bodybuilder ainda é amador, ele disputa o mesmo palco contra todos os outros competidores. Não importando o tamanho nem o peso.
Porém, quando se torna profissional, há uma decisão a ser feita: ir para a 212 ou ir para a open.
Iremos detalhar as duas categorias presentes no cenário profissional a seguir. Mas, de antemão, a principal diferença é que na 212 o atleta precisa bater o máximo de 96 kg.
Enquanto na Open, o competidor pode pesar o máximo possível, desde que esteja dentro do nível máximo de condicionamento corporal, apresentando o menor percentual de gordura possível.
Categoria Open Bodybuilding
A categoria Open Bodybuilding é, sem dúvida, a mais emblemática entre todas as categorias do fisiculturismo masculino.
A classe consegue entrar representando a essência do que significa ser um fisiculturista, esta categoria exige dos competidores não apenas tamanho e volume muscular, mas também um nível de condicionamento físico excepcional.
A história do fisiculturismo é marcada por gigantes como Arnold Schwarzenegger, Ronnie Coleman, Phil Heath e Jay Cutler, todos ícones que moldaram a categoria Open ao longo das décadas.
Atualmente, a competição continua com o alto nível, com Derek Lunsford conquistando o título do Mr. Olympia em 2023, e Hadi Choopan levando a coroa em 2022.
O Brasil também tem seu representante de destaque na Open Bodybuilding. Rafael Brandão fez história ao se tornar o primeiro brasileiro a alcançar o top 10 do Mr. Olympia na categoria em 2022.
Embora tenha ficado fora da competição em 2023, Brandão está de volta e é visto como um dos principais candidatos a subir ainda mais no ranking em 2024.
Na Open Bodybuilding, o que diferencia um campeão é a capacidade de atingir o máximo potencial físico que um ser humano pode alcançar.
Volume muscular extremo, definição impecável e proporções simétricas são os critérios que os juízes consideram ao avaliar os competidores. Cada detalhe conta, desde a pose até a apresentação geral no palco, tornando esta categoria uma vitrine da muscularidade.

Categoria 212 Bodybuilding
A categoria 212 é uma das mais exclusivas e desafiadoras dentro das categorias do fisiculturismo, destinada principalmente a atletas de estatura menor.
Essa característica física facilita o desenvolvimento de um volume muscular dentro do limite de peso de 96 kg. Entre os principais nomes da categoria, podemos destacar Shaun Clarida e Keone Pearson, com este último sendo o atual campeão mundial da 212.
A peculiaridade da 212 reside justamente no equilíbrio entre volume muscular e peso corporal. Para se encaixar no limite de 96 kg e ainda exibir uma musculatura densa e bem desenvolvida, é comum que os competidores não ultrapassem 1,68 metro de altura.
Essa “regra não oficial” praticamente define o perfil dos atletas que se destacam na categoria, onde o tamanho menor permite um desenvolvimento muscular maior.
Os critérios de julgamento na 212 são bastante semelhantes aos da categoria Open, com os juízes avaliando volume muscular, simetria, e condicionamento físico.
Porém, vale pontuar que o limite de peso faz com que os atletas da 212 frequentemente apresentem um nível de condicionamento superior, com menor percentual de gordura corporal.
O Brasil também tem sua marca na história da 212, graças ao atleta Eduardo Corrêa. Durante uma década, de 2010 a 2020, Corrêa competiu na elite do Mr. Olympia, enfrentando lendas como o americano Flex Lewis.
Seu desempenho mais notável foi em 2014, quando conquistou o segundo lugar, um resultado que gerou controvérsias e é lembrado até hoje por fãs e especialistas.
Apesar de não ter alcançado o título máximo, Eduardo Corrêa consolidou seu nome como um dos grandes da 212, inspirando uma nova geração de fisiculturistas brasileiros de outras categorias do fisiculturismo.
Categoria Cadeira de rodas no fisiculturismo
Com a grande possibilidade de encerrar este texto sobre as categorias do fisiculturismo com chave de ouro, temos a Cadeira de rodas.
Com o pensamento de inclusão instaurado em um esporte estético, a categoria Cadeira de rodas é disputada em grandes eventos do mundo e conta com uma seleta gama de competidores
No caso, os atletas desta classe são julgados pelos seus desenvolvimentos na parte superior do físico, fazendo algumas poses da categoria Bodybuilder, mas sentados na cadeira.
As pernas não são julgadas. Enquanto isso, algumas cadeiras possuem diferentes tipos de encostos para indicar a lesão do atleta. Quando maior o encosto, mais paralísia e dificuldade de ativação das costas o atleta possui, alterando o grau de análise.
Impressionantemente, os atletas da categria Cadeira de rodas conseguem chegar ao palco com altos níveis de condicionamento, mostrando que não há desculpas físicas para realizar cardios ou fazer uma dieta sem erros.
Pelo lado brasileiro, temos o atleta Josué Gorila Albino, que, para muitos, tem reais chances de se tornar um dos maiores nomes da história do fisiculturismo mundial e vencer o Olympia em breve.
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