É praticamente impossível falar sobre o sucesso dos shows de fisiculturismo no Brasil sem citar o nome de Leandro Osti. Com anos de prática no meio do bodybuilding, Osti atua como narrador de campeonatos realizados pela Muscle Contest. Além disso, possui um canal no Youtube que conta com mais de 100 mil inscritos onde dá sua opinião sobre o culturismo.
Na edição de 2023 do Arnold Classic South America, um dos eventos mais importantes do cenário fitness, Leandro Osti concedeu uma entrevista exclusiva onde falou sobre sua profissão e as dificuldades que enfrenta no dia a dia trabalhando com internet.
Leandro Osti comenta sobre as dificuldades encontradas no jornalismo de fisiculturismo atualmente
Em resumo, Leandro Osti é um dos grandes nomes do jornalismo de fisiculturismo do cenário brasileiro. Ao lado de Hugo Abba, Itinho Lima e Miguel Chain, Osti possui grande experiência na área.
Claro que com mais de 5 anos trabalhando nisso ele já passou por algumas dificuldades no processo. Mesmo afirmando ter quase nenhum empecilho neste meio atualmente, Leandro Osti contou que passou por alguns buracos durante o caminho que percorreu.
Quando isso começou, há alguns anos, era muito mais complicado porque você não tinha mídia nenhuma sobre as competições e você precisava de imagens, precisava de alguém que tivesse ido ao campeonato para te falar alguma coisa. Isso não existia. E eu moro no interior do Paraná, então as coisas não acontecem como elas acontecem aqui em São Paulo. Então eu precisava buscar referências de caras que investiam muito nessa parte na época, que é o caso do Hugo Abba, da Horsepower Pro, que gastava do bolso dele uma porrada de grana para viajar e alimentar a página dele. E agora, você tem inúmeros canais que fazem a mesma coisa. Hoje não há dificuldade alguma nesses negócios, basta gostar de ver homens de sunguinha.
Porém, mesmo que o caminho até as notícias esteja facilitado, é possível pensar sobre as dificuldades encontradas na narração. Afinal, Leandro Osti fica mais de cinco horas comentando sobre os atletas competindo ao vivo.
Nesse sentido, o próprio confirmou que usa uma dica que seu pai lhe deu: “falar as mesmas coisas, só que de outra forma”. Assim, ele utiliza deste recurso para continuar entretendo quem está assistindo à transmissão.
Como eu faço isso com uma frequência muito grande há bastante tempo, você acaba tendo assunto. E eu sigo muito uma dica que meu querido e velho pai me deu: você fala as mesmas coisas, só que de outra forma. É como aquelas mesas redondas de futebol, todas elas falam sobre o mesmo assunto de formas diferentes e repetidas vezes. É basicamente a mesma coisa. É difícil ficar vendo várias sungas por 10 horas? Sim, mas a gente gosta, então vai de boa.
!["Era muito mais complicado", Leandro Osti comenta sobre evolução do fisiculturismo no Brasil [Entrevista]](https://www.esportelandia.com.br/app/uploads/2023/04/Snapinsta.app_279530328_683081706235950_8795249596762669256_n_1080.jpg)
Leandro Osti contou como que lida com o hate na internet
Como já dito, Leandro Osti também possui um canal no Youtube onde comenta e dá suas opiniões sobre o mundo do fisiculturismo. A partir disso, pode-se pensar que ele lida com comentários negativos constantemente.
Por fim, ele deu sua opinião sobre o assunto e deixou claro que isso faz parte do dia a dia dentro e fora da internet.
Se você tem medo de hate você não pode estar na Internet. Na verdade, você não pode nem sair de casa praticamente. Em todo lugar vai ter gente que não gosta de você. Eu mesmo não gosto de um monte de gente, então eu acho normal que as pessoas não gostem de mim. No meu canal eu praticamente não tenho hate porque desde o início eu dou a minha opinião a respeito do que estou vendo e argumento minha opinião de acordo com minha visão e dou a oportunidade de quem quiser argumentar, argumentar também. Isso acaba gerando um ciclo sem fim de opiniões e discussões argumentadas. O hate para mim é quando o cara vai lá e te xinga, mas como eu não xingo ninguém, o próprio atleta que ouve uma crítica minha me encontra e conversa comigo. Então eu não sofro muito com isso não. Acho que canais que puxam muito pela emoção e, às vezes, pela inversão e também pelo linguajar, sofrem mais.
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