Por trás dos holofotes da ginástica universitária americana e do sorriso cativante que encantou milhões ao som de Michael Jackson, existe uma história de dor, superação e reconquista.
Katelyn Ohashi, que um dia foi considerada uma das maiores promessas do esporte e derrotou ninguém menos que Simone Biles, viveu um drama pessoal que a afastou da ginástica de elite.
A ginasta foi a única a vencer Biles no individual geral, nem mesmo Rebeca conseguiu este registro.
A ginasta ‘gorda’ que teve a nota perfeita
Desde cedo, a ginasta demonstrava um grande talento. Aos 3 anos, iniciou seu caminho na ginástica, e sua ascensão parecia ininterrupta.
No entanto, a pressão e as críticas começaram a cobrar um preço alto, especialmente com o passar dos anos.
Durante a adolescência, a ginasta sofreu ataques de gordofobia — inclusive por parte de seu treinador, Valeri Liukin, um dos nomes mais renomados da modalidade e pai da campeã olímpica Nastia Liukin.
Falavam que eu parecia que tinha engolido um porco. – recordou Katelyn em entrevistas.
À medida que seu corpo amadurecia, o assédio se intensificava, colocando-a em uma espiral emocional. A ginástica deixou de ser uma paixão e se transformou em uma prisão mental.
Eu não conseguia me aceitar.
Além do estresse psicológico, lesões começaram a minar sua carreira. A ginasta lesionou a coluna nas barras assimétricas e desenvolveu graves problemas nos ombros, exigindo cirurgias.
O ciclo exaustivo de treinos e dietas, somado à pressão de manter um corpo “ideal”, a fez desistir do sonho olímpico.
Da destruição à liberdade
Aos 20 anos, Ohashi encontrou uma segunda chance na ginástica universitária, na Universidade da Califórnia.
Longe das expectativas da elite olímpica, ela começou a redescobrir a alegria pelo esporte. Com uma rotina mais leve e sob uma nova filosofia de vida, Katelyn voltou a sorrir.
Seu momento de glória veio em uma apresentação eletrizante ao som de Michael Jackson, que se tornou viral nas redes sociais.
Eu aprendi que sucesso não é vencer. É ser feliz fazendo o que você ama.
Hoje, Katelyn Ohashi é um símbolo de resistência contra os padrões opressivos do esporte de alto rendimento.
Sua trajetória reforça que a vitória mais importante é ser fiel a si mesmo — e que, às vezes, abandonar um sonho pode ser a chave para descobrir a verdadeira felicidade.
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