A participação das atletas trans nas Olimpíadas 2024 possuem novas regras, marcando uma mudança significativa nas diretrizes e restrições para garantir o fair play e uma competição equitativa.
Essas novas diretrizes estabelecem critérios específicos para a elegibilidade, considerando tanto a identidade de gênero quanto o histórico de cada atleta.
O objetivo é assegurar que todos os participantes tenham as mesmas oportunidades e que a competição seja justa para todos.
Continue lendo para descobrir mais sobre essas mudanças e como elas impactarão as Olimpíadas de 2024.
Trans nas Olimpíadas 2024: tudo que você precisa saber
Antes dessas alterações, uma atleta trans poderia integrar a equipe feminina após um ano de redução nos níveis de testosterona.
No entanto, as restrições atuais indicam que a identificação como mulher deve ocorrer desde a infância, no máximo até os 12 anos. Dessa maneira, o intuito foi buscar criar um padrão com mais precisão e justiça.
O assunto das mudanças de trans nas Olimpíadas 2024 não se limita apenas ao evento mais importante dos esportes. Desde o boxe nos EUA até o atletismo global, várias modalidades estão se alinhando nessas novas diretrizes.
No ano anterior, o Conselho Mundial de Atletismo negou a participação de mulheres trans que não realizaram a transição antes da puberdade.

Além disso, a União Ciclística Internacional colocou restrições à identificação trans para atletas que passaram pela puberdade antes de interromperem a competição. A título de curiosidade, a federação até chegou a criar uma categoria “aberta” para indivíduos que se identificam como homens e transgêneros.
Um marco sobre o assunto que vale destaque é a exclusão de atletas trans como Laurel Hubbard, uma levantadora de peso que ganhou destaque nas Olimpíadas de Tóquio 2020.

Sob as novas regras de trans nas Olimpíadas 2024, atletas com históricos semelhantes não seriam qualificados, deixando de fora a competidora.
As medidas adotadas para os Jogos Olímpicos de Paris 2024 visam estabelecer um campo de jogo mais equilibrado devido à diferença clara no físico e nos hormônios de homens e mulheres.
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Assim, acaba garantindo que as competições sejam justas e divertidas para todos os participantes.
A revolta italiana
O impasse sobre atletas trans nas Olimpíadas 2024 teve um novo capítulo durante a primeira semana de disputa, na qual houve uma luta entre a lutadora italiana Angela Carini e a argelina Imane Khelif.
A luta tinha grandes comentários envolvendo o gênero da argelina, pois a mesma não passou no Mundial de 2023 por conta do seu alto nível de testosterona. Entretanto, ficou comprovado que a atleta era cromossomo XY, ou seja, uma mulher.
A luta foi interrompida após a italiana desistir da luta contra a argelina Imane Khelif, uma competidora cis. Segundo a italiana, ela já estava com problemas anteriores no seu nariz e decidiu lutar no sacrifício.
Assim, ao contrário do que algumas páginas alegam, a luta foi interrompida apenas pela lesão prévia da italiana, não tendo nenhuma relação com o impasse de 2023 envolvendo a argelina.
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