Uma das maiores atletas da história do país é Hortência, a ex-jogadora de basquete marcou seu nome no esporte com títulos e vitórias. Ela usa seu nome para defender causas importantes. A opinião da atleta é sempre ouvida, ainda mais sobre assuntos polêmicos, como as mulheres trans nos esportes.

Hortência foi ao podcast Inteligência LTDA e usou o espaço para responder uma pergunta de um ouvinte sobre as mulheres trans no esporte feminino. A ex-jogadora faz parte da Comissão de Atletas do COB que luta por direitos dos atletas e por questões das minorias no esporte.

Confira o momento da pergunta para Hortência

A atleta fez questão de lembrar que luta por essa causa e por diversas outras no esporte como membro da Comissão de Atletas do COB. Hortência deixou claro que não é contra a mulher trans no esporte, mas fez algumas ressalvas.

“Eu faço parte da comissão de atletas do COB, desde a primeira, mais de 15 anos. Estamos estudando sobre esse caso, estamos ouvindo médicos, pessoas que conhecem. Não adianta dar uma opinião pelo que eu acho, tem que tá embasado. Existe uma diferença principalmente no esporte individual, como o atletismo, natação, boxe, ciclismo”, disse Hortência.

O que é a Comissão de Atletas do COB?

A figura de Hortência no esporte é muito importante, a maior jogadora do basquete feminino no Brasil continua buscando soluções para os atletas do país. A Comissão visa ser o canal entre os esportistas e a entidade (COB).

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Hortência marcou o nome na Seleção Brasileira e foi campeã mundial em 1994 Divulgação/CBB

Qual a melhor saída sobre as mulheres trans no esporte?

Existe um grande debate sobre como seria a inclusão das mulheres trans e também que as mulheres biológicas poderiam levar uma desvantagem com isso. Segundo Hortência, precisamos encontrar uma saída para isso.

“Mas precisamos buscar uma saída, porque não podemos excluí-las, mas também não é uma questão de inclusão da mulher trans. É uma questão de exclusão da mulher biológica, porque existe uma diferença, sim, física. Há mais baixou a testosterona, baixou, mas aquele ganho teve na adolescência. Onde o homem ganhou os músculos, onde cresce o coração, o pulmão, ligamentos, tendões e ossos”

“Eu acho que antes de você falar, eu sou a favor ou eu sou contra, tem que se buscar uma saída e estamos trabalhando nisso. Não podemos tirar a mulher trans de competir, tem que ter uma solução. Nós ainda estamos discutindo essa solução, não sou contra, mas temos que ver”, comentou a ex-atleta

Tifanny Abreu é o maior nome entre as mulheres trans?

Tifanny Abreu, 39 anos, é uma jogadora de voleibol e atua no Osasco/ São Cristovão. Ela foi a primeira transexual a jogar uma partida na Superliga Feminina. Tifanny fez a transição de gênero em 2014 e desde 2017 atua no vôlei brasileiro.

“Talvez uma saída seria como aconteceu com os paralímpicos, ter uma categoria específica, mas aí não será que a mulher não vai se sentir discriminada? Mas hoje não tem uma quantidade suficiente para ter essa categoria. Então, elas teriam que esperar um pouco mais. Eu sou contra você excluí-las, temos que incluir. Mas não podemos prejudicar a mulher biológica”, finalizou Hortência.

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