Nem mesmo Las Vegas está imune aos efeitos econômicos da pandemia do Coronavírus. Na verdade, Las Vegas é uma das cidades mais afetadas dos Estados Unidos e possivelmente do mundo. A cidade, que ficou fechada durante alguns meses, tenta se recuperar financeiramente após a diminuição do turismo.
Em um ano normal, Las Vegas recebe cerca de 42 milhões de turistas. Em um mês, os dados mostram que mais de 3,5 milhões de pessoas desfrutam da infraestrutura da cidade. Esse número foi reduzido a zero entre março e junho, em decorrência da pandemia. Empresas e funcionários têm um futuro incerto com a retomada gradual do turismo.
Nevada depende do turismo mais do que qualquer estado do país, principalmente devido a Las Vegas. Em 2017, a indústria hoteleira respondeu por cerca de 18,4% do produto interno bruto do sul de Nevada. Parte dessa movimentação hoteleira é para participar de apostas esportivas online ou de jogos em cassinos.
De acordo com a Las Vegas Convention and Visitors Authority, o turismo gera cerca de 58 bilhões de dólares anualmente para o sul de Nevada, ao mesmo tempo que fornece cerca de 370 mil empregos. Isso representa quase 40% dos empregos no Condado de Clark.
Um mês depois do fechamento de Las Vegas, os cassinos já estavam sentindo forte pressão pela falta de dinheiro. No início de abril, o Caesars liberou aproximadamente 90% de sua força de trabalho doméstica. O Penn National Gaming Inc. anunciou que estava vendendo o cassino Tropicana por 307,5 milhões de dólares.
Nevada estabeleceu um novo recorde com mais de 92.000 pedidos de seguro desemprego na semana após o fechamento obrigatório do estado. O Economic Policy Institute prevê que o desemprego atingirá quase 20% no verão, de acordo com o The New York Times.
Las Vegas não está apenas sentindo os efeitos do Coronavírus este ano, mas os efeitos poderão acontecer em 2021 também. Steve Hill, CEO da Las Vegas Convention and Visitors Authority, disse que as coisas vão demorar para voltar ao normal e que novas frentes de atuação cidade precisarão surgir.
O governador de Nevada Steve Sisolak e o Conselho de Controle de Jogos de Nevada ainda não anunciaram uma data oficial de reabertura para os cassinos. O retorno tem sido feito de forma lenta e gradual, tentando minimizar riscos de contágio do novo coronavírus, sem prejudicar as finanças do Estado.
Enquanto isso acontece de forma devagar, as autoridades defendem que Las Vegas possa encontrar uma nova forma de conseguir financiamento e gerar empregos sem a dependência do turismo.
Reuniões e debates entre o poder público e privado têm acontecido, no intuito de encontrar uma saída para região e torná-la menos dependente da jogatina que tornou o local destino preferido de quem curte apostar.