A polêmica em volta do Surf Ranch da WSL parece não ter fim, depois dos textos de Gabriel Medina, Italo Ferreira e Filipe Toledo, a organização soltou uma nota de esclarecimento, agora, nesta terça-feira (30), foi a vez do CEO, Erik Logan, divulgar uma carta aberta.
- Confira o texto de Gabriel Medina aqui
- Confira o texto de Italo Ferreira aqui
- Confira o texto de Filipe Toledo aqui
CEO da WSL divulga carta
Com tanta polêmica em volta dos resultados do Surf Ranch, o CEO da WSL, Erik Logan, veio a público e divulgou uma carta no site da liga, com uma versão em inglês e uma em português:
Para a comunidade WSL,
Quero abordar a conversa que aconteceu em nossa comunidade após o recente evento do Championship Tour no Surf Ranch. Como você provavelmente sabe, um pequeno número de atletas fez declarações questionando o julgamento da competição e os resultados finais.
Quero responder diretamente a essas declarações, mas primeiro precisamos abordar uma questão muito mais importante. Nos últimos dias, vários surfistas, juízes da WSL e funcionários foram vítimas de assédio, intimidação e ameaças de violência, incluindo ameaças de morte como resultado direto dessas declarações. Essas coisas nunca deveriam acontecer em nosso esporte, ou em qualquer esporte, e estamos arrasados com o fato de membros de nossa comunidade estarem sujeitos a isso. É um lembrete importante para todos nós de que as palavras têm consequências. Esperamos que toda a comunidade da WSL esteja conosco na rejeição de todas as formas de assédio e intimidação.
Em termos das declarações feitas, rejeitamos completamente a sugestão de que o julgamento de nossas competições seja de alguma forma injusto ou preconceituoso. Essas alegações não são apoiadas por nenhuma evidência. Primeiramente, os critérios de julgamento são fornecidos aos atletas antes de cada competição. Todos os atletas que competiram no Surf Ranch Pro receberam esses materiais no dia 20 de maio. Todos os atletas tiveram a oportunidade de tirar dúvidas sobre os critérios na ocasião. Nenhum dos atletas que fizeram essas declarações, aproveitou essa oportunidade no Surf Ranch Pro.
Em segundo lugar, nossas regras permitem que qualquer atleta revise a nota de qualquer onda e receba uma explicação mais detalhada de como foram pontuadas pelos juízes. Esse processo existe há vários anos e é o resultado direto do trabalho com os surfistas, para trazer mais transparência ao processo de julgamento. Não é apropriado, e é uma violação da política da liga, que os surfistas optem por não se envolver com o processo adequado e, em vez disso, expor suas queixas nas redes sociais.
Vários atletas do Surf Ranch Pro receberam pontos por elementos como progressão e variedade, então é simplesmente incorreto sugerir que eles não sejam levados em consideração nos critérios de julgamento. Além disso, nossas regras foram aplicadas de forma consistente ao longo da temporada, inclusive em eventos que foram vencidos por atletas que agora questionam essas mesmas regras.
O surfe é um esporte com critérios subjetivos em constante evolução e damos boas-vindas a um debate robusto sobre a progressão do nosso esporte e os critérios usados para julgar nossas competições. Porém, é inadmissível que qualquer atleta questione a integridade de nossos juízes que, assim como nossos surfistas, são profissionais de elite. Nenhuma pessoa ou grupo de pessoas está acima da integridade do esporte.
Surf Ranch e as polêmicas
A etapa do Surf Ranch na piscina de ondas, foi cercada de polêmicas por conta das notas dadas aos atletas brasileiros, primeiramente, Gabriel Medina foi derrotado por Ethan Ewing em bateria questionada por especialistas.
Em seguida, foi a vez de Italo Ferreira perder de forma duvidosa na grande decisão diante de Griffin Colapinto.