Depois de 3 dias off, o evento de Pipe retornou para os homens nesta terça feira, 7. O campeonato que teve sua primeira chamada as 7h45 no Havaí e às 14h45 no Brasil, voltou com tudo e trazendo disputas acirradas.

Nove atletas brasileiros disputaram a competição em busca da vaga para as próximas fases. Para acelerar o campeonato, foi utilizado o “overllaping heats”, que são duas baterias rolando simultaneamente com a duração de 40 minutos. Durante a manhã, o mar deu aquela subida, variando entre 6-10 pés, com boas direitas entubáveis para Backdoor.

As baterias da terceira fase

Ítalo Ferreira iniciou o dia perdendo para Ian Gentil por 7.97 a 7.83. Com isso, o surfista brasileiro inicia o tour com a 17ª posição. O próximo brasileiro na água foi Caio Ibelli, que teve a bateria mais polêmica do dia. O surfista foi acusado de interferir a onda de Ezekiel Lau, resultando na penalidade de ser computada apenas uma nota no duelo. Com um belo tubo direcionado para Backdoor, o brasileiro conseguiu tirar 7,00 pontos cravados. Já o havaiano teve um total de 6,60 pontos, dividido entre ondas nos valores de 3,50 e 3,10.

O brasileiro Samuel Pupo acabou perdendo para o australiano Ryan Callinan numa somatória de 13,16 x 8,76 do brasileiro. O africano Jordy Smith venceu o americano Nat Young com o resultado de 13,00 x 1,74. Leonardo Fioravanti que estreou em uma bateria insana contra dois campeões mundiais, venceu seu duelo com Griffin Colapinto por um total de 13,00 x 1,00.

Callum Robson venceu seu embate contra Jackson Backer somando 7,44 x 6,10. Liam O’Brien ganhou do australiano Ethan Ewing por 10,17 x 9,83. O havaiano Seth Moniz saiu vencedor de sua bateria com Barron Mamiya por 10,26 x 6,94.

Os brasileiros representaram nesta fase da competição, ganhando quase todas as baterias:

Filipe Toledo venceu contra Carlos Munoz por 7,83 x 1,74

Yago Dora ganhou o embate contra a lenda Kelly Slater por 5,66 x 2,43.

João Chianca atropelou o japonês Kanoa Igarashi num total de 12,00 x 2,87.

Gabriel Medina contra Jake Marshall somou 15,50 x 10,83.

Miguel Pupo sagrou se vencedor numa disputa acirrada com Maxime Huscenot, resultando num total de 13,00 x 12,14.

Michael Rodrigues acabou perdendo seu duelo contra Jack Robinson, somando apenas 0,97 contra 14,33 do australiano. Uma das grandes estrelas do tour, John John Florence venceu seu embate contra Kolohe Andino com um total de 13,66 x 2,83 do americano.

Os duelos das oitavas de final

As oitavas de finais do Billabong Pro Pipeline demonstraram verdadeiros shows de surf para quem acompanhou. Começando pela acirrada disputa entre Jordy Smith contra Ian Gentil, que resultou numa vitória apertada para o sul-africano somando 13,50 x 9,10 do havaiano.

Leonardo Fioravanti avançou para a próxima fase após derrotar Callum Robson somando 10,83 x 1,86. Numa bateria que houveram poucas ondas consistentes, o australiano Liam O’Brien derrotou o havaiano Seth Moniz, com a pontuação de 7,53 x 3,90.

Caio Ibelli avançou ao campeonato, após somar 10,57 contra 9,47 do surfista Ryan Callinan. No duelo brasileiro entre Filipe Toledo e Yago Dora, o atual campeão mundial venceu somando 9,03 contra 6,53 do catarinense. João Chianca despachou o indonésio Rio Waida fazendo 10,03 contra 8,20.

As duas baterias que mais chamaram atenção nesta fase, teve a participação de duas estrelas do surf. Gabriel Medina distribuiu sua técnica, porém acabou perdendo para o australiano Jack Robinson, numa somatória de 11,50 x 10,40 do brasileiro. A bateria mais excepcional do evento ficou por conta de John John Florence versus Miguel Pupo. O havaiano destruiu as ondas de Pipe levando para casa a maior somatória do evento, e a maior nota por onda até então. Com um tubasso valendo 9,93, John John somou 19.33 contra 7,54 do brasileiro, não dando chances para o surfista da família Pupo.

 

Foto Destaque: Divulgação/WSL

 

Guilherme Galindo

Guilherme Galindo - Santo André - SP, estudante de Jornalismo. 24 anos