Entre 2014 e 2023, o Brasil dominou o Campeonato Mundial de Surf. Gabriel Medina (2014, 2018 e 2021), Adriano de Souza (2015), Italo Ferreira (2019), e Filipe Toledo (2022 e 2023) venceram sete dos nove títulos em disputa.
E o show da Brazilian Storm não deve parar por aí. Fique com a gente para conhecer todas as regras, as etapas e o sistema de pontuação usado na WSL. Acabe agora mesmo com suas dúvidas!
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História do Campeonato Mundial de Surf
O Campeonato Mundial de Surf é a principal competição do esporte no mundo. A disputa entre os melhores surfistas do planeta é organizada pela World Surf League (WSL), a Liga Mundial de Surf.
O Mundial de Surf foi disputado pela primeira vez em 1976, quando o australiano Peter Townend levou o título.
Desde 1992, o Mundial de Surf é dividido entre a elite dos surfistas do mundo, que disputam o Circuito Mundial, conhecido pela sigla WCT, e a divisão de acesso, que recebia o nome de WQS e agora Challenger Series.
Saiba, a seguir, quem são os maiores campeões da história do Campeonato Mundial de Surf!
Quem é o maior campeão do Mundial de Surf?
O norte-americano Kelly Slater é o maior campeão da história do Campeonato Mundial de Surf, com 11 títulos. Ele levou os títulos da WSL em 1992, 1994, 1995, 1996, 1997, 1998, 2005, 2006, 2008, 2010, 2011.

Reconhecido como o maior surfista de todos os tempos, Kelly Slater superou o recorde de títulos que pertencia a Mark Richards. O australiano foi tetracampeão, entre 1979 e 1982.
Na sequência de maiores vencedores do Mundial de Surf, estão Andy Irons, Tom Curren, Mick Fanning, Gabriel Medina e John John Florence. Todos com três títulos.
Os bicampeões do Campeonato Mundial de Surf são: Tom Carroll, Damien Hardman e Filipe Toledo.
Além de Medina e Toledo, Adriano de Souza, Italo Ferreira e representam o Brasil na lista de campeões do Mundial de Surf. Confira todos eles logo a seguir!
Maiores campeões do Mundial de Surf
- Kelly Slater – 11 títulos
- Mark Richards – 4 títulos
- Andy Irons, Tom Curren, Mick Fanning, Gabriel Medina e John John Florence – 3 títulos
- Tom Carroll, Damien Hardman e Filipe Toledo – 2 títulos
- Midget Farrelly, Felipe Pomar, Nat Young, Fred Hemmings, Rolf Aurness, James Blears, Ian Cairns, Reno Abellira, Peter Townsend, Shaun Tomson, Wayne Bartholomew, Barton Lynch, Martin Potter, Derek Ho, Mark Occhilupo, Sunny Garcia, C. J. Hobgood, Joel Parkinson, Adriano de Souza e Italo Ferreira – 1 título
Brasileiros campeões mundiais de surf
- Gabriel Medina – 3 títulos (2014, 2018 e 2021)
- Filipe Toledo – 2 títulos (2022 e 2023)
- Adriano de Souza – 1 título (2015)
- Italo Ferreira – 1 título (2017)
Já Adriano de Souza, o Mineirinho, foi campeão mundial em 2015, enquanto Italo Ferreira conquistou seu primeiro título da WSL em 2019 e Filipe Toledo, o último campeão, em 2022 e 2023.
Foi justamente o talento desses surfistas que levou a geração de brasileiros a receber o apelido de Brazilian Storm, ou Tempestade Brasileira. Veja, ano a ano, quem foram os vencedores do Campeonato Mundial de Surf!
Todos os campeões do Mundial de Surf
- 2024 – John John Florence (Havaí)
- 2023 – Filipe Toledo (Brasil)
- 2022 – Filipe Toledo (Brasil)
- 2021 – Gabriel Medina (Brasil)
- 2019 – Italo Ferreira (Brasil)
- 2018 – Gabriel Medina (Brasil)
- 2017 – John John Florence (Havaí)
- 2016 – John John Florence (Havaí)
- 2015 – Adriano de Souza (Brasil)
- 2014 – Gabriel Medina (Brasil)
- 2013 – Mick Fanning (Austrália)
- 2012 – Joel Parkinson (Austrália)
- 2011 – Kelly Slater (Estados Unidos)
- 2010 – Kelly Slater (Estados Unidos)
- 2009 – Mick Fanning (Austrália)
- 2008 – Kelly Slater (Estados Unidos)
- 2007 – Mick Fanning (Austrália)
- 2006 – Kelly Slater (Estados Unidos)
- 2005 – Kelly Slater (Estados Unidos)
- 2004 – Andy Irons (Havaí)
- 2003 – Andy Irons (Havaí)
- 2002 – Andy Irons (Havaí)
- 2001 – C. J. Hobgood (Estados Unidos)
- 2000 – Sunny Garcia (Havaí)
- 1999 – Mark Occhilupo (Austrália)
- 1998 – Kelly Slater (Estados Unidos)
- 1997 – Kelly Slater (Estados Unidos)
- 1996 – Kelly Slater (Estados Unidos)
- 1995 – Kelly Slater (Estados Unidos)
- 1994 – Kelly Slater (Estados Unidos)
- 1993 – Derek Ho (Havaí)
- 1992 – Kelly Slater (Estados Unidos)
- 1991 – Damien Hardman (Austrália)
- 1990 – Tom Curren (Estados Unidos)
- 1989 – Martin Potter (Grã-Bretanha)
- 1988 – Barton Lynch (Austrália)
- 1987/88 – Damien Hardman (Austrália)
- 1986/87 – Tom Curren (Estados Unidos)
- 1985/86 – Tom Curren (Estados Unidos)
- 1984/85 – Tom Carroll (Austrália)
- 1983/84 – Tom Carroll (Austrália)
- 1982 – Mark Richards (Austrália)
- 1981 – Mark Richards (Austrália)
- 1980 – Mark Richards (Austrália)
- 1979 – Mark Richards (Austrália)
- 1978 – Wayne Bartholomew (Austrália)
- 1977 – Shaun Tomson (África do Sul)
- 1976 – Peter Townend (Austrália)
Formato de disputa das etapas da WSL
Primeiramente, acontece a disputa das sete primeiras etapas: Pipeline (Havaí), Surf Abu Dhabi (Emirados Árabes), Peniche (Portugal), Punta Roca (El Salvador), Bells Beach (Austrália) Gold Coast (Austrália) e Margaret River (Austrália). Em seguida, é feito um corte no meio da temporada.
Os 12 homens e oito mulheres que tiveram a pior colocação serão cortados e terão que lutar por sua vaga na elite do surf no Challenger Series.
Ao final, os cinco melhores homens e as cinco melhores mulheres no ranking disputam a WSL Finals, em Fiji.
Pontuação por etapa do Mundial de Surf
- 1º lugar – 10.000 pontos
- 2º lugar – 7.800 pontos
- 3º lugar – 6.085 pontos
- 5º lugar – 4.745 pontos
- 9º lugar – 3.320 pontos
- 17º lugar – 1.330 pontos
- 33º lugar – 265 pontos
- Lesionado – 265 pontos
Challenger Series
O campeonato seleciona os melhores surfistas para a elite do surf mundial. Sendo que, os dez melhores posicionados no masculino e sete do feminino. A cometição é uma espécie de segunda divisão do surf. Ao todo, são 96 atletas do ranking masculino e 64 do feminino.
Na temporada 2024, por exemplo, os brasileiros Samuel Pupo, Ian Gouveia, Alejo Muniz, Miguel Pupo e Deivid Silva conseguiram a classificação.
Julgamento e notas no Mundial de Surf
Em cada bateria do Campeonato Mundial de Surf, são consideradas as duas melhores notas de um surfista. Como cada onda vale até 10 pontos, a pontuação máxima em uma bateria é de 20 pontos.
Cada bateria dura, normalmente, 30 minutos. Caso a organização julgue necessário, pode aumentar esse tempo.
Se ninguém pegar uma onda durante os primeiros 10 minutos de uma bateria, o juiz principal terá o poder de reiniciar a bateria.
Um painel de cinco juízes pontua cada onda em uma escala de um a 10. Para cada pontuação, as notas mais alta e mais baixa (dos cinco juízes) são descontadas, e o surfista recebe a média das três pontuações restantes.

Não há limite para o número de ondas que serão pontuadas, mas as duas ondas com melhor pontuação (de 1 a 10) são somadas para definir a pontuação final do surfista em uma bateria (com máximo de 20 pontos).
Os juízes analisam os seguintes elementos ao dar notas na WSL
- Compromisso e grau de dificuldade
- Estilo e linha de surf
- Manobras inovadoras e progressivas
- Combinação das principais manobras
- Variedade de manobras
- Velocidade, potência e fluxo
Escala de notas da WSL
- 0.0 – 1.9: Fraco
- 2.0 – 3.9: Justo
- 4.0 – 5.9: Médio
- 6.0 – 7.9: Bom
- 8.0 – 10.0: Excelente
Prioridade no Mundial de Surf
O surfista com prioridade tem o direito incondicional de pegar qualquer onda que escolher.
Outros surfistas na bateria podem remar e pegar a mesma onda, mas apenas se não atrapalharem o potencial de pontuação de um surfista com prioridade.
Um surfista perde a prioridade quando pega uma onda e/ou um surfista rema, mas perde uma onda.
Se dois ou mais surfistas pegarem uma onda, o primeiro surfista a chegar ao outside terá prioridade.
Interferência no Mundial de Surf
Um surfista que atrapalhe o potencial de pontuação de outro surfista com prioridade sobre ele receberá uma penalidade por interferência.
Na maioria das situações, isso significa que a pontuação da bateria será calculada usando apenas a melhor onda de pontuação.
Se um surfista causar duas interferências, ele será desqualificado da bateria.
Foi uma interferência em uma onda de Caio Ibelli que levou Gabriel Medina a ser eliminado na etapa de Peniche, em Portugal, na reta final do Campeonato Mundial de Surf de 2019.
A priority interference has been called on @gabriel1medina against @CaioIbelli at the #MEORipCurlPro Portugal. With the interference, Caio takes the heat win. @ripcurl @MEOpt pic.twitter.com/NGlO1W1iGJ
— World Surf League (@wsl) 20 de outubro de 2019
No Pipe Masters de 2019, Medina e Caio voltaram a se enfrentar. Naquela oportunidade, houve uma nova interferência, mas com um efeito diferente.
Gabriel Medina interferiu na onda de Caio Ibelli propositalmente, pois sabia que a punição não seria suficiente para deixá-lo atrás do compatriota a poucos segundos do fim da bateria.
Medina perdeu a pontuação de sua segunda melhor onda, mas os pontos restantes foram suficientes para assegurar sua vitória sobre Caio Ibelli e a permanência na competição.
A WSL tratou então de reformular a regra, a fim de evitar que isso pudesse acontecer mais vezes. Dessa forma, determinou uma nova que passou a entrar em vigor em 2021. Se caso ela existisse no confronto entre os brasileiros, Medina teria sido eliminado e Caio avançado de fase.
Com a nova regra, o surfista que cometer uma interferência como a de Medina, terá sua melhor nota retirada do somatório. Se por ventura os juízes interpretarem que a ação teria sido proposital, o atleta é eliminado da etapa.
A seguir a regra: quando há interferência nos cinco minutos finais da bateria, e esta impede que o adversário surfe uma onda potencial para entrar em sua somatória, o surfista perde a sua melhor onda — e não mais a segunda, como acontecia antes.
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Calendário masculino da WSL 2025
- Jan 27-08 Fev – Banzai Pipeline, Havaí, Estados Unidos;
- Fev 14-16 – Surf Abu Dhabi, Abu Dhabi, Emirados Árabes Unidos;
- Mar 15-25 – Supertubos, Peniche, Portugal;
- Abr 02-12 – Punta Roca, La Libertad, El Salvador;
- Abr 18-28 – Bells Beach, Victoria, Austrália;
- Mai 03-13 – Snapper Rocks, Queensland, Austrália
- Mai 17-27 – Margaret River, Western Australia, Austrália;
——–corte da elite do meio da temporada - Jun 09-17 – Lower Trestles, San Clemente, Califórnia, Estados Unidos;
- Jun 21-29 – Vivo Rio Pro apresentado por Corona em Saquarema, Brasil;
- Jul 11-20 – Jeffreys Bay, Eastern Cape, África do Sul;
- Ago 07-16 – Teahupo´o, Tahiti, Polinésia Francesa
——–definição dos top-5 e das top-5 para o WSL Finals; - Ago 27-04 Set – WSL Finals em Cloudbreak, Fiji.
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