Kelly Slater é amplamente conhecido como o maior surfista de todos os tempos. O norte-americano conquistou 11 títulos mundiais em sua longínqua carreira, que terminou em 2024.
Slater segue sendo uma figura influente e recebendo convites para participar de etapas do circuito mundial. Esse é o caso do evento em Pipeline. Essa etapa marca um reencontro de Kelly com Alejo Muniz, surfista a quem deu conselhos no início da carreira.
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Kelly Slater e o conselho que Alejo Muniz nunca esqueceu
O ano era 2011, a tempestade ainda não havia chegado. Gabriel Medina estrearia no tour na metade desta temporada, Italo Ferreira e Filipe Toledo ainda eram promessas e Adriano de Souza liderava os brasileiros no circuito mundial.
Nesta temporada, um jovem, Alejo Muniz, também fez sua estreia no grande palco. O surfista relembrou em entrevista ao GE um conselho que recebeu de ninguém menos que Kelly Slater.
Eu terminei em quinto [na Gold Coast]. Saí indignado da água porque tinha perdido. Aí o Kelly Slater veio, pegou no meu ombro e falou assim: “Cara, o que você está fazendo?”. Eu falei: “Eu deixei a onda para o cara. E ele virou porque eu deixei a onda para ele, tinha a prioridade e não fui”.
Ele respondeu: “É o teu primeiro campeonato e você chegou nas quartas de final, cara. Não se apega à derrota. Se apega a essa vitória que você teve para ver tudo o que pode ganhar vencendo os caras que você venceu”. Aquilo ali abriu um campo gigante na minha cabeça. Tanto é que até hoje o meu primeiro ano do circuito mundial foi o melhor ano da minha vida.

A história de superação de Alejo Muniz até o retorno ao circuito mundial
Consolidado por alguns anos na elite do surf, Alejo Muniz acabou não conseguindo se reclassificar na temporada de 2016 por conta de uma lesão ainda em 2015.
As contusões atrapalharam o caminho de volta ao circuito mundial e a jornada acabou demorando mais do que Alejo esperava. No entanto, oito anos depois, o surfista garantiu seu retorno ao tour.
Eu passei por duas cirurgias, né? Foram cirurgias muito graves. Eu fiquei pensando: “Será que vou conseguir voltar a surfar?”. Não era nem competir.
E dentro desses oito anos, a única coisa que eu conseguia pensar era: quero voltar para o WT (a WSL), para provar para mim mesmo que eu consigo voltar. Eu me preparei muito. Foram anos de muita dedicação.
Agora um veterano, Alejo nunca se esqueceu do conselho do maior surfista de todos os tempos. Dessa forma, o brasileiro espera poder inspirar a nova geração assim como Kelly Slater.
Em 2011, eu terminei entre os 10 primeiros do ranking. Nunca nenhum brasileiro tinha terminado entre os 10 primeiros do ranking em sua primeira edição, no ano de “rookie”, o ano de estreia.
Aquela frase do Kelly Slater mudou meu ano. Então, quem sabe eu consiga ter uma frase dessa, de impacto, para essa nova geração que está entrando no circuito”, afirmou Alejo ao GE.
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