Carissa Moore, Johanne Defay, Tatiana Weston-Webb, Brisa Henessy e Stephanie Gilmore: esses são os nomes das cinco finalistas da temporada de 2022 do WCT feminino que sobreviveram ao corte de meio de temporada, conquistaram pódios e solidificaram suas posições para competirem na WSL Finals pelo tão sonhado título mundial.
O ano atual é o segundo com o sistema de finais, que consiste no último atleta dentre os cinco surfando uma bateria contra o quarto colocado, e o vencedor desse confronto avança para a bateria contra o terceiro classificado, e assim em diante. Com a janela do evento abrindo dia oito e indo até o dia dezesseis, em Lower Trestles, na Califórnia, cada surfista deve se manter focado para dar o seu melhor.
Estamos cada vez mais perto! ?? Diz aí, quais serão os campeões mundiais de 2022? ?️?
? Primeira chamada é nesta ??????-?????, dia 8, às 11h
? Assista em https://t.co/hRoBt09QSY #WSLBrasil pic.twitter.com/Fw5W2edTaD— WSL Brasil ?? (@WSLBrasil) September 6, 2022
Na temporada de 2021, na categoria feminina, Carissa Moore foi a surfista erguida nos ombros no fim da bateria, após ganhar seu quinto título mundial. No entanto, será que ela tem chances para repetir esse feito?
Finalista 1: Carissa Moore
Ao vencer sua bateria e se classificar para as Quartas de Final do #OuterknownTahitiPro, Carissa Moore se garantiu como a #1 no WSL Finals e precisará vencer apenas duas baterias para se tornar hexacampeã mundial!
Será que a havaiana será bicampeã do Finals? ??#WSLBrasil pic.twitter.com/YrTCdV8L8l
— WSL Brasil ?? (@WSLBrasil) August 17, 2022
A havaiana Carissa Moore está em sua décima segunda temporada no circuito de elite e seus resultados mostram que ela ainda tem muitos anos de carreira profissional pela frente. Com apenas trinta anos, a surfista já é dona de cinco títulos mundiais para a conta, vitórias conquistadas nos anos de 2011, 2013, 2015, 2019 e 2021.
Competindo desde 2008 em eventos da WSL, levou apenas três anos para que ela alcançasse o topo do ranking mundial e levasse o título para casa. Moore não é uma competidora fácil de se ganhar contra, apesar de que isso não é impossível.
Durante a temporada atual do WCT, a havaiana levantou o troféu mais pesado de uma etapa apenas uma vez, na praia de Saquarema, no evento Oi Rio Pro. Mesmo em casa, ela perdeu as duas etapas que aconteceram no Havaí (Billabong Pro Pipeline e Hurley Pro Sunset Beach), a primeira para a wildcard Moana James Wong e a segunda para a estreante do WCT, Molly Picklum.
Ainda sim, o histórico de Moore fala por ela: seu surfe é consistente e versátil, e a atleta sabe lidar bem com pressão, conseguindo manter o psicológico sobre controle quando está na água. Apesar de só ter tido uma vitória nas etapas de 2022, Carissa se fez presente em pódios de outros três eventos, como segunda colocada. Sem sombra de dúvidas, a havaiana é cotada pela maioria dos fãs do evento para ser a grande campeã de 2022.
Finalista 2: Johanne Defay
A francesa Johanne Defay é a campeã da etapa de G-Land da @wsl. O sexto evento da temporada, a sexta vencedora diferente. Vice-campeã, a havaiana Carissa Moore é a nova líder do ranking feminino. pic.twitter.com/iGWL3wWlci
— MAURICIO FERREIRA (@mauferreirajr) June 4, 2022
Apesar do risco que Carissa representa para a taça, a francesa Johanne Defay não vai deixar a havaiana competir sem uma batalha da qual possa sair vitoriosa. Competindo no circuito de elite há dez anos, com exceção de 2013, Defay levou o primeiro lugar na etapa de G-Land desse ano, após vencer a havaiana.
Com apenas vinte e oito anos, a atleta contabiliza dezessete baterias vitoriosas e já ganhou de nomes como Sally Fitzgibbons, Stephanie Gilmore e Tyler Wright. A francesa tem um surfe forte e confiante, e é inquestionável que esse é o melhor ano em sua carreira, alcançando o segundo lugar no ranking da WSL.
Durante esse ano, Johanne só subiu no pódio e levantou o troféu, em G-Land e em Saquarema, mas suas outras colocações contam com um terceiro lugar (em El Salvador), seis quinto lugares e uma nona colocação, na etapa de Teahupoo. Nas etapa que ficou em segundo e na que ganhou o primeiro lugar, Defay competiu contra Moore, e se mostrou uma adversária competente.
Em 2021, Defay ocupava o quinto lugar nas finais e avançou até a bateria com a bateria com Fitzgibbons, mas a australiana levou a melhor. Caso se prepare bem para a onda de Trestles, a surfista francesa tem chances de derrubar Moore. Isto é, se conseguir ganhar contra Tatiana Weston-Webb.
Finalista 3: Tatiana Weston-Webb
A MAIOR!!!! TATIANA WESTON-WEBB FOI A ÚNICA SURFISTA A VENCER 2 ETAPAS NO ANO DE 2022!!!!
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— WorldSurfNewsBr ? (@WorldSurfNewsBR) August 20, 2022
A brasileira, que pela primeira vez em sua carreira conquistou a vitória em dois eventos em uma mesma temporada do WCT, com o bônus de ser a única a atingir o feito em 2022, é a terceira colocada na WSL Finals. Com uma diferença de apenas 1.525 pontos corridos em comparação com a segunda colocada, Tati ganhou as etapas MEO Pro Portugal e Corona Open J-Bay.
Na temporada anterior do circuito de elite, Weston-Webb se classificou em segundo lugar para as finais e ganhou contra Sally Fitzgibbons, mas foi derrubada por Carissa Moore na bateria final. Desde então, Tatiana tem sido mais rigorosa com seu cronograma de treinos e tem apresentado um porte mais sério e forte em relação à carreira, porém a surfista tem apenas dois pódios esse ano, com dois terceiros lugares (em G-Land e em Teahupoo), e em todas as demais etapas de 2022, a brasileira foi barrada nas oitavas.
Tatiana é uma goofy footer, nome dado à quem surfa com o pé direito dominante de base na prancha, e Lower Trestles é uma onda que quebra tanto para a direita quando para a esquerda, o que beneficia Tati. Seu ano tem sido um pouco inconsistente e o psicológico da atleta não aparenta estar em seu melhor momento, mas o surfe de Tatiana tem evoluído consideravelmente, cada vez mais aperfeiçoado e profissional.
Finalista 4: Brisa Henessy
Na etapa Sunset Pro, do mundial de Surf, a costarriquenha Brisa Henessy finalizou com nota 12.83, superou a havaiana Malia Manuel e garantiu sua vitória!https://t.co/YSZVCXcUAS#overboard #overboardoficial #surf #surffeminino pic.twitter.com/Pjb9mdDbI7
— Overboard.oficial (@Overboard_Surf) February 22, 2022
Em apenas seu sexto ano no tour de elite, a costa-riquenha Brisa Henessy já ganhou dezesseis baterias no CT e nesse ano levou o troféu de primeira colocada logo na segunda etapa, a Hurley Pro Sunset Beach. Como se não bastasse, no último evento antes das finais da WSL, o Outerknown Tahiti Pro, a surfista se classificou em segundo lugar, perdendo apenas para Courtney Conlogue.
Brisa tem apenas vinte e dois anos e a temporada de 2022 do circuito de elite é, de longe, a melhor que já fez. No ano passado, a atleta acabou em décimo quinto lugar, e esse ano, avançou onze colocações, a ponto de passar o corte no meio da temporada e se classificar para a WSL Finals.
Com colocações equilibradas, a costa-riquenha pode não ser a favorita para a vitória, mas Henessy já mostrou que sabe o que está fazendo e tem o que é necessário para virar a situação ao seu favor. Se conseguir vencer a fatiga de diversas baterias (além de superar suas adversárias), ela tem chances de conquistar o título.
Finalista 5: Stephanie Gilmore
Stephanie Gilmore recebendo o calor do público de saquarema, ela foi a grande campeã do #OiRioPro a australiana derrotou a americana Lakey Peterson na final. A hexa campeã mundial mantém a liderança do ranking…??♀️?? pic.twitter.com/KWR1kxRgkx
— Parafinália (@Parafinalia1) May 17, 2018
A quinta e última colocada da WSL Finals é a australiana Stephanie Gilmore, sete vezes campeã mundial. Sua primeira temporada no WCT data de 2005, então esse ano é o décimo sétimo desde a sua estreia no tour mundial.
Contando com apenas uma vitória nesse ano, Gilmore não tem feito uma campanha tão boa quanto já fez antes. Não competiu no pódio em nenhum outro momento além de El Salvador, onde levou o troféu de primeira colocada para casa, e o seu surfe, apesar de bom, já apresentou momentos melhores. Se compararmos com 2018, o ano em que conquistou seu último título, Stephanie terminou o ano somando 62.515 pontos, em comparação com 2021, onde acabou em quinto lugar com 32.025 e esse ano, com 46.370.
No ano anterior, a australiana obteve a mesma classificação nas finais, e perdeu na primeira bateria, contra Johanne Defay. Gilmore pode surpreender os fãs do esporte, os juízes e as competidoras, mas seus resultados comparados com os outros anos em que terminou com o título mundial em mãos deixam a desejar.
Com previsão de boas ondas, World Surf League anuncia sinal amarelo já para o primeiro dia da WSL Finals em Trestles (EUA)!https://t.co/hfTZmIgrql
— IF15 Sports (@if15sports) September 7, 2022
Apesar de tudo, o novo sistema de finais da WSL é algo diferente dos demais anos, fora 2021, e as surfistas ainda estão se acostumando a isso. É uma mesma onda para todas as baterias que decidem quem leva a melhor no final, o que pode tanto beneficiar quando prejudicar as atletas. Acompanhe a WSL Finals pelo site da WSL, entre os dias oito a dezesseis de setembro.
Foto Destaque: WSL FINALS 2022