Pipeline: o primeiro evento do ano abre a temporada 2023 do WCT começa domingo (29), e a WSL tem novidades. A partir desse ano, o tão cobiçado troféu de campeão mundial recebe o nome de Duke Kahanamoku, o surfista considerado pai do esporte. O objetivo da Liga Mundial com essa mudança é promover a herança do surfe e promover progresso, inovação e performances dos mais altos níveis.

A nova nomeação do troféu é uma parceria entre a WSL, a família Kahanamoku e a Fundação Outrigger Duke Kahanamoku.

Filipe Toledo comenta sobre o reconhecimento com o troféu de campeão mundial

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Foto: Tony Heff/WSL.

Na última semana, a WSL realizou a cerimônia de premiação da temporada 2022, junto de um jantar que contou com os campeões mundiais e a atual composição do dream tour. Filipinho disse estar feliz com o campeonato que conquistou ano passado.

Foi uma longa jornada para mim, nove anos dando duro para conseguir esse troféu. Eu comecei o ano focado e tentando me divertir. Ter meu nome ao lado dos outros campeões mundiais é uma benção, e eu estou muito feliz. Todo mundo tem seus altos e baixos, e eu passei por tempos bem difíceis. Superar isso e estar aqui hoje a noite e ir atrás desse troféu, eu estou tão feliz.

Além do troféu de campeão mundial, o brasileiro ainda foi reconhecido, ao lado de Brisa Hennessy (CRI), com o prêmio inaugural WSL Impact Award, para surfistas que causam um impacto positivo para inspirar, educar e empoderar a comunidade global de surfe para proteger os oceanos e preserver o futuro do esporte.

A oito vezes campeã mundial Stephanie Gilmore que recebeu o troféu em razão do seu oitavo título ao lado de Filipe compartilhou que está animada e que vai aproveitar o WCT.

Ganhar e de novo e estar aqui no Havaí para o começo da temporada é realmente especial. Você pode refletir sobre tudo e tentar e deixar tudo antes de começar de novo. Eu estou animada, não tem mais pressão agora e eu posso só aproveitar tudo o que eu faço no tour. Daqui para frente, tudo é um bônus.

Surfistas se preparam para o começo de uma nova temporada

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Foto: Brent Bielmann/WSL.

Com dez paradas no tour antes da WSL Finals, os surfistas que irão competir no WCT já chegaram no Havaí durante a semana e têm se preparado para o Billabong Pro Pipeline, evento de estreia do ano de competições no circuito de elite.

O marroquino Ramzi Boukhiam, estreante do CT em 2023, é o primeiro de seu país a se classificar para o WCT. Apesar de ter uma lesão, o atleta não vai deixar de competir.

Eu estou super orgulhoso de estar representando meu país e estar levando a bandeira marroquina tão alta quanto eu posso. Se tem uma palavra que eu posso falar, é orgulho, muito orgulho. Eu treinei bastante. Eu tenho essa pequena lesão, mas estou sendo positivo. Meu médico veio da França para cuidar disso. Eu vou apenas seguir em frente, e eu estou super animado.

A havaiana de 17 anos, Bettylou Sakura Johnson, compartilha da animação de Ramzi. Ano passado, a surfista se classificou para o circuito de elite e conseguiu chegar até a semifinal do Hurley Pro Sunset Beach, mas não conseguiu sobreviver ao corte do meio de temporada.

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Lê-se no cartaz: De volto ao tour WSL 2023 BLSJ (Bettylou Sakura Johnson). Foto: Brent Bielmann/WSL.

Eu estou bem animada, eu definitivamente sei o que fazer esse aprendendo do ano passado. Eu estou feliz de começar de vez e animada para o início da competição.

Ian Gentil (HAV) é filho de pais brasileiros e é outro rookie de 2023. O atleta disse que ganhar um evento segue sendo seu objetivo, mesmo no CT.

Eu tenho tentado ganhar um evento pelos últimos quatro anos e isso ainda é meu objetivo, mesmo no CT. Eu acho que estou indo pro CT no momento perfeito. Mesmo se eu tivesse me qualificado antes, eu ainda não estaria pronto.

A cinco vezes campeã mundial Carissa Moore se mostrou animada para o começo de uma nova temporada.

Todo surfista contribuiu para a evolução e progresso do nosso esporte hoje, e eu não poderia estar mais orgulhosa de ser parte disso [surfe], especialmente na categoria feminina. É uma honra poder surfar ao lado das mulheres, e eu estou animada para mais um ano divertido.

Pipeline: começo da temporada e caminho para as Olimpíadas

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Foto: Tony Heff/WSL.

Além do campeonato mundial, esse ano também será usado para classificar atletas para as Olímpiadas de Paris, em 2024. Dez homens e oito mulheres poderão se classificar para surfar Teahupoo em evento olímpico pelo ranking final da WSL.

A janela do Billabong Pro Pipeline é entre o dia 29 de janeiro e 10 de fevereiro. Com uma previsão de swell boa para o evento, resta às correntes de vento do leste atenderem às condições de calmas ou leves. Saiba mais sobre onde assistir aqui.

Foto em destaque: Cestari/WSL.

Tayná Freitas

Escritora e jornalista nas horas vagas, fã de esporte em tempo integral - Jornalismo/UFG