A Copa Davis é uma das competições mais tradicionais do tênis. Com mais de um século de história, o torneio é uma espécie de Copa do Mundo que reúne os melhores tenistas do mundo.
Ao contrário do futebol, o Brasil na Copa Davis não é soberano. Alcançou boas colocações em duas oportunidades: duas semifinais em 1992 e 2000.
Esse texto aborda todos os resultados do time brasileiro da Copa Davis ao longo dos anos e com grande destaque para as companhas de 1992 e 2000.

Histórico do Brasil na Copa Davis (desde 1990)
Ano | Colocação |
1990 | Grupo I |
1991 | Grupo II |
1992 | Semifinal |
1993 | 1ª Fase |
1994 | Grupo I |
1995 | Grupo I |
1996 | Grupo I |
1997 | Grupo I |
1998 | 1ª Fase |
1999 | 1ª Fase |
2000 | Quartas |
2001 | Semifinal |
2002 | Quartas |
2003 | 1ª Fase |
2004 | 1ª Fase |
2005 | Grupo I |
2006 | Grupo II |
2007 | Grupo I |
2008 | Grupo I |
2009 | Grupo I |
2010 | Grupo I |
2011 | Grupo I |
2012 | Grupo I |
2013 | Grupo I |
2014 | 1ª Fase |
2015 | Grupo I |
2016 | 1ª Fase |
2017 | Grupo I |
2018 | Grupo I |
2019 | Grupo I |
2021 | Grupo I |
2022 | Grupo I |
Melhores resultados
1992
Naquele ano, o Brasil contou com a consagração de grandes tenistas, dentre eles: Cássio Motta, Jaime Oncins e Luis Mattar. Em uma quadra montada em um shopping no Rio de Janeiro, a equipe derrotou a poderosa Alemanha de Boris Becker, que na época, já havia cinco Grand Slams no currículo.
O grande desfalque na equipe alemã foi Michael Stich, então campeão de Wimbledon. De início, Luis Mattar teve seis match points a seu favor, mas não conseguiu convertê-los. No final, Becker cumpriu com o favoritismo e venceu a partida em cinco sets: (6-4,5-7,1-6,7-6(2),6-0).
O Brasil conseguiu empatar com Jaiminho derrotando Carl Ub Steeb por 3 sets a 1 (6-3,4-6,6-2,7-6(5). Na terceira partida, o time brasileiro apostou na boa sintonia de Cássio Motta e Fernando Roese que derrotaram Becker e Eric Jelen por 7-5,6-3,6-3.
Para sacramentar a vitória brasileira, Jaiminho venceu Zoecke em duelo bastante apertado, mas conseguindo levar a melhor no quinto set.
Naquela edição de Copa Davis, o time brasileiro ainda passou pela Itália por 3 x 1 em Maceió-AL e parando para a Suíça na semifinal. Aquela foi a maior campanha do Brasil na história do torneio de seleções.
O Brasil só chegou novamente numa semifinal no ano de 2000, com um tal de Gustavo Kuerten.
2000
Depois de um histórico 4 x 1 diante da França, o Brasil disputou no Rio de Janeiro as quartas de finais contra a seleção da Eslováquia. Apesar de Gustavo Kuerten ser o grande nome do Brasil naquela época, quem colocou de fato o time brasileiro na semifinal terminou sendo Fernando Meligeni.
A disputa no geral estava empatada em 2 a 2, mas Fino tratou de colocar o Brasil novamente no caminho da semifinal com vitória por 3 sets a 1, com parciais de 5/7, 7/6 (8/6 no tie-break), 6/2 e 6/4.
O tenista entrou em quadra com a obrigação de vencer, uma vez que Guga havia perdido para Dominik Hrbaty por 3 sets a 0.
Em entrevista ao podcast Flow, Meligeni conta que a torcida brasileira abandonou o estádio no momento em que ele estava perdendo o duelo, mas que depois que virou pra cima de Kucera, os mesmos torcedores trataram de retornar para acompanhar a partida e ver a vitória de perto.
A campanha brasileira na Copa Davis terminou contra a Austrália na semifinal por 5 x 0.