O tenista Alexander Zverev não vive grande fase no tênis mundial. Atualmente, o alemão é número 27 do ranking e pode sair do top 30 caso não consiga bom resultado em Roland-Garros.

Com o objetivo de recuperar um pouco de sua confiança no tênis, Zverev pretende disputar o ATP 250 de Genebra, na Suíça. Sua estreia acontece já na próxima semana, contra o americano Christopher Eubanks, que venceu o francês Benoit Paire.

Em entrevista para a Sky Sports, o tenista reconheceu que não vive grande momento e que esse pode ser o seu pior tênis desde 2015 ou 2016.

Ainda estou a 1000km de distância do meu melhor nível. Para você dizer que está de volta tem que ganhar pelo menos uma vez e eu não faço isso. Saio dos torneios mais cedo que o esperado. Não posso avançar mais neste momento.

Tenho que ganhar e isso vai resolver tudo. Já não sei o que dizer neste momento, este ano estou jogando provavelmente o meu pior tênis desde 2015 ou 2016.

O ATP de Roma terminou com o título ficando nas mãos do russo Daniil Medvedev. Na decisão, venceu o dinamarquês Holger Rune por duas de 7 x 5.

Atualmente, Medvedev está na segunda colocação no ranking mundial, atrás apenas do espanhol Carlos Alcaraz que caiu precocemente no ATP de Roma.

Agora, o foco principal está na disputa em Roland-Garros que teve seu início nesta segunda-feira (22), indo até o dia 11 de junho com a grande final. O tenista Rafael Nadal, maior vencedor do Grand Slam com 14 títulos, anunciou que não vai jogar a edição esse ano, pois ainda não está 100% para voltar a competir.

Vale lembrar que o espanhol se recupera de uma lesão no músculo psoas (músculo na região das ancas) desde janeiro, quando estava disputando o Australian Open.

Além disso, anunciou também que pretende se aposentar do tênis ano que vem. Nadal é o maior vencedor de Grand Slams da história ao lado do sérvio Novak Djokovic com 22 títulos.

A recuperação não aconteceu como gostaríamos, e Roland Garros se mostra impossível. Depois de muitos anos sem faltar a esse compromisso. Não vou dizer que tomei essa decisão porque foi uma decisão que meu corpo tomou. Depois da pandemia, meu corpo não aguentou o trabalho diário e não pude curtir estes últimos anos. Foram muitos dias com dor demais e, depois disso, preciso parar. Não sei quando vou voltar a treinar, mas vou parar por enquanto. Talvez um mês, talvez três, talvez quatro meses.

Não gosto de prever o futuro. Estou apenas seguindo minhas sensações e o que acredito que é o certo a fazer para meu corpo e minha alegria pessoal. Não quero me colocar na posição de dizer uma coisa e fazer outra, mas meu objetivo, minha vontade hoje é de parar para me dar uma chance de curtir o próximo ano, que provavelmente será o meu último no circuito profissional.

Não posso dizer 100% que será assim porque nunca se sabe, mas minha motivação é curtir e dar adeus aos torneios que foram importantes para mim durante minha carreira. Quero tentar curtir isso sendo competitivo e curtindo estar em quadra, algo que hoje é impossível. Acho que se eu parar agora, as chances disso serão maiores.

Gabriel Queiroz

Nascido em São Luís do Maranhão, com formação em jornalismo pela Universidade de Brasília (UnB). Amante dos esportes e da escrita.