A estreia no Grand Slam de Roland Garros, no último domingo (28), foi marcada por intensas vaias contra a tenista Marta Kostyuk. Na ocasião, a ucraniana enfrentava a bielorrussa Aryna Sabalenka e se recusou a cumprimentá-la. O motivo? Devido à guerra entre Rússia e Ucrânia.

A vitória ficou com Sabalenka que não entendeu muito bem aquelas vaias, achando que fossem até mesmo para ela. Contudo, após conversar com seu staff, ficou sabendo de toda a situação:

Não entendi o que estava acontecendo. Nós sabemos que as ucranianas não querem nos cumprimentar, mas para o público foi uma surpresa. Eles entenderam como uma falta de respeito. Sinto muito que isso tenha acontecido.

Já disse várias vezes, nem os atletas bielorrussos, nem os russos, apoiam a guerra. Como é possível apoiar a guerra? Absolutamente não. Se pudéssemos terminá-la, faríamos isso imediatamente.

Kostyuk foi bastante dura com relação às vaias sofridas pelo público presente e afirmou que tinha dito anteriormente que não ia cumprimentar sua adversária:

Essas pessoas deveriam sentir vergonha! Quero ver a reação delas daqui a dez anos, quando a guerra estiver terminada. Acho que não vão ficar satisfeitas consigo mesmas quando voltarem a pensar no que fizeram.

Eu tinha dito que não cumprimentaria e não sei por que pensaram que eu iria mudar de opinião.

Além disso, Marta Kostyuk também rebateu as palavras de sua adversária:

Acho que vocês tinham que mudar as perguntas. A guerra está aí, há 15 meses. Acho que deveriam perguntar: ‘Quem deve ganhar a guerra?’. Se fizerem esta pergunta, não sei se estas pessoas diriam que querem que a Ucrânia ganhe a guerra.

Depois do torneio, Sabalenka provavelmente será a número 1 do mundo de um dos esportes mais conhecidos. Se ela tomar a palavra, pode enviar uma mensagem. Ela não assume sua responsabilidade e por isso eu não a respeito.

Gabriel Queiroz

Nascido em São Luís do Maranhão, com formação em jornalismo pela Universidade de Brasília (UnB). Amante dos esportes e da escrita.