A decisão de cortar um jogador é sempre dolorosa para os treinadores. Bernardinho já precisou passar por esse processo várias vezes.

No entanto, alguns cortes acabaram ficando marcados e, para o comandante da Seleção Brasileira, esse foi o caso do central André Heller.

Bernardinho comenta sobre o corte de André Heller na Seleção Brasileira

Campeão olímpico em 2004, o central André Heller viveu o processo de ser cortado da Seleção Brasileira dois anos antes.

O Brasil estava se preparando para disputar o mundial na Argentina e Bernardinho acabou optando por tirar o jogador da competição.

A vida de treinador é muito dura, e o pior momento é o do corte, e o corte em que talvez eu tenha mais aprendido foi o de 2002 com o André Heller. Estávamos em Belo Horizonte e ele, naquela sua forma sempre correta de se colocar, disse: ‘preciso conversar com você’, logo depois do comunicado.

Nos sentamos numa sala e ele e disse: ‘O que preciso melhorar para voltar?’. Era 2002, início de uma caminhada com uma seleção que venceu tanto, e conversamos muito, trocamos ideias e ele volta em 2003, não apenas volta bem, como volta na condição de titular e se torna campeão olímpico, mundial e ganha tantos títulos.

Certamente foi o momento onde ele mostrou o caráter, a personalidade dele, e essa forma de se colocar como atleta exemplar e personagem fundamental daquela seleção que ganhou tantos títulos.

Bernardinho revela corte doloroso na Seleção: “Perguntou o que deveria fazer para ficar”
André Heller em ação pela Seleção Brasileira [IconSport]

A reação de André Heller sobre seu corte

Sobre o corte, André Heller também revelou que a decisão de Bernardinho mudou sua carreira. O ex-jogador afirmou que buscou enxergar a situação com os olhos de um treinador.

Tentei enxergar a situação pelos olhos do técnico, e isso mudou minha carreira, passei a entender que o corte não dizia respeito a mim, dizia respeito à Seleção Brasileira, à nossa equipe, então quando voltei tinha outra visão.

Voltei disposto a fazer de tudo pela minha equipe, e sendo titular ou reserva isso seria consequência. Sempre treinei e trabalhei para ser titular, mas para servir à minha equipe, e isso mudou toda a minha carreira e direcionou também a minha vida pessoal.

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