Maurício Lima, um dos maiores levantadores da história do vôleifoi bicampeão olímpico com o Brasil nas Olimpíadas de 1992 e 2004 com dois técnicos bem diferentes, mas lendário: Zé Roberto GuimarãesBernardinho.

No calor de uma final internacional, Brasil x Rússia pela Liga Mundial, com o Mineirinho lotado e os olhos do mundo voltados para a Seleção Brasileira, Maurício relembrou um momento tenso — e transformador — com Bernardinho.

 

Maurício Lima revela o maior esporro da carreira com Bernardinho e o aprendizado com ele

Maurício Lima, bicampeão olímpico de vôlei, não hesitou ao ser perguntado sobre qual havia sido o maior esporro que já levou de Bernardinho na carreira.

Em entrevista ao podcast 100 Mi-Mi-Mi, apresentado por Milton Neves e Mauro Beting, o ex-levantador abriu o jogo sobre um episódio inesquecível com Bernardinho, durante a final da Liga Mundial contra a Rússia.

Ah, eu tive vários (esporros), mas um que lembro muito bem foi contra a Rússia. Jogávamos a final da Liga Mundial de Vôlei, no Mineirinho. Nós perdemos o 1º set, ia começar o 2º set, ele me pegou pela camisa e disse:

“Maurício, presta atenção! Determinado jogador está queimando no meio. Solta! Chama a primeira e solta na segunda…”, mas, assim, nem um pouco suave, nem um pouco educado.

Apesar do tom duro, o ex-jogador faz questão de destacar que aquela bronca mudou sua visão dentro de quadra.

Eu não posso falar as palavras que ele usou aqui, mas, bacana, eu entendi aquilo que era para o meu crescimento, para eu melhorar.

Maurício Lima vê Bernardinho como um técnico formador de campeões

Bernardinho, reconhecido mundialmente pelo seu temperamento explosivo e perfeccionismo tático, nunca escondeu o quanto exige de seus atletas — e, talvez por isso, tenha feito história com tantas gerações.

Maurício Lima foi peça-chave nas conquistas olímpicas de 1992 e 2004, convivendo com o técnico por muitos anos e sendo um de seus homens de confiança. Apesar dos esporros, o bicampeão olímpico reforça o papel do mestre:

Bernardinho foi muito bom jogador, foi um grande levantador e um espetacular técnico. Um cara a ser estudado.

O estilo intenso do treinador, que muitas vezes beira o autoritário, pode ser difícil de lidar para alguns. Mas para atletas como Maurício Lima, serviu como combustível. Poucos meses depois da bronca pública, o atleta se tornou bicampeão olímpico.

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Autor Eric Filardi

Coordenador do Esportelândia desde 2021, é jornalista pós-graduado em Jornalismo Esportivo. Autor do livro “Os Mestres do Espetáculo”, que está na biblioteca do Museu do Futebol de São Paulo. Passou por Jovem Pan, Futebol na Veia e PL Brasil.