Contar com psicólogos presentes em qualquer local de trabalho é importante. Após a possibilidade de a morte de Waleska ter sido decorrente de um suicídio, o Esportelândia realizou uma investigação sobre quantos profissionais os clubes de vôlei do Brasil dispõem. O resultado foi surpreendente.
A morte de Walewska está relacionada a um possível suicídio
O caso de Walewska repercutiu amplamente e, de acordo com um documento emitido pelo 78º Distrito Policial, localizado no bairro dos Jardins, na Zona Oeste da cidade de São Paulo, existe a hipótese de que ela tenha cometido suicídio.
A polícia está atualmente investigando as circunstâncias desse trágico incidente. Resumidamente, o boletim de ocorrência afirma que Walewska Oliveira caiu do 17º andar, onde está localizada a área de lazer, e acabou na sacada do apartamento no primeiro andar.
Em decorrência desse acontecimento, o Esportelândia iniciou uma pesquisa para identificar quais clubes de vôlei têm profissionais de psicologia em seu quadro de funcionários.
Esta pesquisa será atualizada conforme novas informações forem obtidas de outras equipes. Confira quantos clubes de vôlei atualmente possuem psicólogos em sua equipe.
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Profissional de psicologia opina sobre o caso Walewska
Hermes F. Balbino (CRP – 06-97276/SP) é graduado em Educação Física e Psicologia, doutorado em Ciências do Esporte e trabalha no Vôlei Feminino Dentil/Praia Clube.
O especialista fez um comentário sobre a importância que os psicólogos podem ter para as instituições esportivas, relacionando a eficácia de contar com um colaborador dessa área não apenas no aspecto mental, mas também no retorno de conquistas durante uma temporada.
Uma competição que se desenvolve em uma arena esportiva não é somente a mostra de capacidades físicas, técnicas e táticas para obtenção de um resultado, mas a expressão de um processo de preparação de uma pessoa ou equipe atuando dentro de um contexto em que seu desempenho é multideterminado.
O ambiente do esporte de alto nível de exigência pede pela consideração ampla da performance do atleta, que deve ser entendido em suas facetas: físico, emocional, mental, social e espiritual.
Os diversos casos de evitação ou abandono da competição nestes últimos anos que tiveram como causa o abalo da saúde mental de esportistas nos fazem perceber que o mundo esportivo e a constante exposição de seus protagonistas exige de forma urgente a atuação de profissionais capacitados para organizar intervenções baseadas neste amplo escopo, integrando saúde ao desejado desempenho.
Psicólogos nos clubes de vôlei
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O Comitê Olímpico do Brasil (COB) conta com a psicóloga Carla Di Pierro.
No entanto, não são todas as instituições que dispõem de um profissional da área.
Os seguintes clubes confirmaram ter um psicólogo do esporte à disposição dos atletas.
- Brasília-DF Vôlei: Lucas Iago Cavalcante Lacerda (CRP 01/24273);
- Vôlei Praia Clube-MG: Hermes F Balbino (CRP – 06-97276 / SP);
- E.C. Pinheiros: Márcia Aparecida Martins Indiani (CRP 06/3599);
- Minas: Atualmente, o Minas conta com quatro psicólogos, que se dividem nos atendimentos das nove modalidades. Eles atendem tanto as categorias de base quanto as equipes profissionais. São eles (CRP-MG 45486) Franco Noce, (CRP-MG 57550) Amanda Dorvalina de Almeida, (CRP-MG 59196) Cristiane Santos Moreira e (CRP-MG 57520) João Paskauskas Aversa.
Clubes de vôlei sem psicólogos
Em resumo, não foi possível adicionar mais clubes na matéria porque alguns times não atenderam o contato.
Em todo caso, a matéria será atualizada caso haja retorno das equipes.
- APAN/Eleva Vôlei Blumenau-SC: o clube está desenvolvendo um projeto para oferecer o serviço de psicólogos aos atletas. No entanto, atualmente, cada um procura seu próprio profissional de confiança, se necessário;
- Vôlei Renata: todos os atletas têm uma relação muito aberta com o departamento médico. Se os médicos consideram necessário, há a indicação para procurar um especialista;
- Vôlei Guarulhos: ainda não possui psicólogos no time;
- Montes Claros América Vôlei: não tem um psicólogo contratado, mas o atleta dispõe do plano Unimed, onde pode encontrar um profissional;
- Suzano Vôlei: oficialmente não há um profissional nesta aérea, mas recomendam quando necessário;
- Vôlei Farma Conde: não possui;
- Sada Cruzeiro: em casos em que o departamento médico e outros profissionais percebem que o atleta necessita de um acompanhamento, é feita uma indicação, mas não há um profissional de psicologia específico do clube;
Clubes de vôlei que não ainda responderam
É importante destacar que alguns clubes procurados ainda não responderam à pesquisa.
Além disso, alguns confirmaram a presença de psicólogos no clube, mas ainda não forneceram o nome e o registro dos funcionários.
Em caso de retorno, o artigo será atualizado.
- SESI-SP Vôlei: Aguardando;
- Osasco Vôlei-SP: Aguardando;
| Clubes de vôlei com psicólogos | Clubes de vôlei sem psicólogos | Clubes de vôlei que não ainda responderam |
|---|---|---|
| Brasília-DF Vôlei |
APAN/Eleva Vôlei Blumenau-SC |
SESI-SP Vôlei |
| Vôlei Praia Clube-MG |
Vôlei Renata |
Osasco Vôlei-SP |
| E.C. Pinheiros |
Vôlei Guarulhos |
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| Minas |
Montes Claros América Vôlei |
|
| Suzano Vôlei |
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| Vôlei Farma Conde |
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| Sada Cruzeiro |
A ausência de psicólogos se expande para o futebol
Só para ilustrar, o problema vai além. Segundo uma pesquisa realizada pelo site Trivela, o futebol se enquadra no grupo de esportes com poucos profissionais de psicologia no Brasil.
Em resumo, as duas principais modalidades esportivas do Brasil não têm a atenção de um psicólogo para seus funcionários.
A saber, grande parte dos interessados precisa buscar um acompanhamento individual, fora do clube.
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