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“A maior revolução que eu já passei”, Lucão expõe dificuldades na nova era do vôlei brasileiro

“A maior revolução que eu já passei”, Lucão expõe dificuldades na nova era do vôlei brasileiro
Reprodução/FIVB

O vôlei é uma parte importante da história esportiva brasileira, com tanto a seleção feminina quanto a masculina conquistando feitos notáveis. Atualmente, novos atletas buscam deixar sua marca na história da seleção masculina, visando garantir uma vaga nas Olimpíadas de 2024 em Paris.

O Pré-olímpico de Vôlei Masculino, ocorrendo entre 30 de setembro e oito de outubro, é uma oportunidade crucial para essa busca pela qualificação olímpica. Entre os jogadores experientes que estão desempenhando um papel vital nessa campanha está Lucão. O central compartilhou sua visão sobre a significativa renovação pela qual a seleção está passando e discutiu seu papel dentro da equipe brasileira em uma entrevista ao Esportelândia.

O Pré-Olímpico Masculino 2023 e o caminho do Brasil

A Olimpíada de Paris 2024 será palco da disputa acirrada entre 12 seleções em busca da medalha de ouro no voleibol masculino. A distribuição das vagas segue um critério específico: a França, como país-sede, já tem sua vaga garantida, enquanto outras seis equipes conquistarão suas vagas por meio do Pré-Olímpico e mais cinco serão determinadas pelo ranking da Federação Mundial de Vôlei (FIVB).

O Pré-Olímpico de Voleibol Masculino de 2023 acontecerá entre os dias 30 de setembro e 8 de outubro. O formato da competição é simples: as 24 seleções participantes serão divididas em três grupos de oito equipes, que se enfrentarão entre si. As duas seleções com melhor pontuação de cada grupo garantirão vaga para Paris 2024.

O Pré-Olímpico será disputado em três países diferentes: Brasil, Japão e China. No Grupo A, sediado no Maracanãzinho, no Rio de Janeiro, teremos as seleções do Brasil, Itália, Irã, Cuba, Ucrânia, Alemanha, Catar e República Tcheca. O Grupo B, com sede em Tóquio, no Japão, contará com os times dos Estados Unidos, Eslovênia, Sérvia, Turquia, Tunísia, Egito e Finlândia. Por fim, o Grupo C, com sede em Xian, na China, terá as seleções da China, Polônia, Argentina, Países Baixos, Canadá, México, Bélgica e Bulgária. A competição promete grandes emoções e uma luta acirrada por um lugar nas Olimpíadas de Paris 2024.

Lucão e a maior revolução brasileira no vôlei

Ao longo dos anos, o Brasil sempre demonstrou sua capacidade de formar novos talentos na modalidade masculina de voleibol. Este ciclo para a Olimpíada de 2024 não é exceção, conforme observado pelo treinador Renan Dal Zotto.

O repórter Nicollas Rodrigues questionou Lucão sobre os conselhos que ele daria aos jovens atletas e como ele vê essa renovação, especialmente sendo um dos três remanescentes do ciclo vitorioso de 2016, ao lado de Bruninho e Lucarelli. Lucão destacou que essa é, sem dúvida, a maior renovação que ele já presenciou no vôlei brasileiro:

Acho que tem que ter cabeça. A gente está passando por uma renovação muito grande, talvez a maior que eu já passei aqui dentro, dessa galera chegando, eles não tiveram que eu tive que foi uma seleção de novos. Uma seleção que dava ali um meio termo entre pegar e jogar uma Superliga novo e depois ir direto pra uma seleção e eles estão aprendendo isso na porrada”.

Porém, Lucão não acha isso ruim, já que isso pode contribuir com a experiência e amadurecimento dos atletas. Assim também, apontou a importância de se continuar vencendo:

Faz parte e eu acho que eles já estão criando casca para representar bem o Brasil para frente. E como eu brinco, de passado ninguém vive, o nosso passado é gostoso, é legal relembrar, mas se não continuar vencendo também a gente acaba caindo no esquecimento. Então, a gente tem que continuar ganhando e não tem jeito”.

Lucão e o seu papel no time do Brasil

O central, considerado um dos jogadores mais experientes e titular no time dirigido por Renan Dal Zotto, foi questionado por Nicollas Rodrigues sobre sua visão na seleção e qual é sua função tática. Lucão respondeu de forma direta e focada na parte tática:

Eu me considero mais um aqui dentro, tento ajudar da maneira mais tática, vocês podem ver que eu não sou um cara que vibra muito, que fica correndo igual louco quando faz um ponto.

Eu sou um cara mais frio nesse aspecto, mas eu sou um cara que fica prestando atenção no jogo o tempo inteiro, tentando equilibrar a equipe ali dentro da forma tática, tentando fazer a melhor leitura do levantador adversário para conseguir neutralizar isso.

Eu acho que esse é um papel do central ali dentro é ter essa frieza para que no jogo inteiro não perca a lucidez e consiga fazer com que a nossa equipe tenha o maior número de break possíveis. Então, eu considero um cara mais um pouquinho assim”.

A campanha do Brasil no Pré-Olímpico de Vôlei Masculino

O Brasil já enfrentou duas partidas cruciais no torneio classificatório para as Olimpíadas de Paris 2024. Em ambas, Lucão desempenhou um papel fundamental na equipe, contribuindo para vitórias importantes: a primeira contra o Catar, vencida por 3 sets a 0, e a segunda contra a República Tcheca, com um placar de 3 sets a 2 e parciais de 22/25, 25/15, 25/20, 21/25 e 16/14.

A jornada continua intensa para Lucão e seus colegas de equipe na sequência do torneio. Eles enfrentarão a Alemanha em 3 de outubro, a Ucrânia em 4 de outubro, Cuba em 6 de outubro, o Irã em 7 de outubro e a Itália em 8 de outubro. Cada partida é uma oportunidade para demonstrar sua habilidade e determinação na busca pela vaga olímpica.

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