Não há dúvidas de que o Sesc-RJ é um dos grandes nomes do vôlei nacional. Há alguns anos, o time carioca dominava a Superliga e estava sempre presente nas finais. Só que, nos últimos anos, esse domínio não tem sido mesmo.

Apesar disso, ainda costuma aparecer na fase final e continua como uma das potências da principal competição nacional. Também possui diversos títulos continentais, sendo tetracampeão sul-americano, em 2013, 2015, 2016 e 2017.

Mas quem vê uma trajetória de tantas conquistas talvez não saiba que o Sesc-RJ, atulamente parceiro do Flamengo, na realidade, surgiu em outra cidade e até mesmo outro estado.

Quando foi criado o Sesc-RJ?

O Sesc-RJ é a equipe mais vitoriosa da história da Superliga Feminina de vôlei, mas não nasceu com esse nome, tampouco teve o Rio de Janeiro como sua primeira sede. O projeto que hoje é o Sesc-RJ começou como Rexona, em Curitiba, em 1997.

Posteriormente, a equipe passou a ser Unilever e voltou a ser nomeada Rexona-Ades, até passar a ser o Sesc-RJ. A mudança de Curitiba para o Rio de Janeiro aconteceu em 2003. Atualmente, o ginásio do Sesc-RJ, ou arena, como preferir, é o Tijuca Tênis Clube.

Em meio às mudanças de nome e a troca do Paraná pelo Rio de Janeiro, o time liderado pelo técnico Bernardinho foi campeão da Superliga por 12 vezes.

Na temporada 2018/2019, pela primeira vez desde a criação do projeto, o Sesc-RJ, de Bernardinho, não chegou às semifinais da Superliga Feminina. Antes da queda nas quartas de final, a equipe alcançou uma série de 14 finais consecutivas.

Desde julho de 2020, o Sesc-RJ tem parceria com o Flamengo para as competições de vôlei feminino. Três meses depois, o time, agora denominado Sesc RJ Flamengo, conquistou seu primeiro título ao ser campeão carioca, com vitória sobre o Fluminense.

Sesc-RJ como Rexona na Superliga
Equipe do Sesc-RJ na época da parceria com a Rexona (Reprodução)

Quantos títulos da Superliga de vôlei feminino tem o Sesc-RJ?

Maior campeão da história, o Sesc-RJ já soma 12 títulos da Superliga Feminina de vôlei. As conquistas aconteceram nas temporadas 1997/98, 1999/2000, 2005/2006, 2006/2007, 2007/2008, 2008/2009, 2010/11, 2012/13, 2013/14, 2014/15, 2015/16 e 2016/17.

Todos os títulos foram alcançado com Bernardinho como técnico. Porém, as primeiras conquistas da equipe vieram ainda como Rexona. No comando do time do Paraná, o treinador foi campeão da Superliga Feminina em 1997/98 e 1999/2000.

Mudança para o Rio de Janeiro

Em 2004, Bernardinho retornou ao Rexona-Ades, mas em uma nova era, dessa vez no Rio de Janeiro. E, assim, veio mais uma coleção de taças, além de uma grande rivalidade. Entre as temporadas 2004/2005 e 2012/2013, as finais da Superliga sempre foram decididas entre o time de Bernardinho e o Osasco.

Depois de ser vice-campeão em 2004/2005, o Rexona-Ades/Rio de Janeiro conquistou o tetracampeonato da Superliga feminina entre 2005/2006 e 2008/2009. Já com o nome Unilever/Rio de Janeiro, a equipe de Bernardinho ganhou a Superliga mais 5 vezes (2010/11, 2012/13, 2013/14, 2014/15 e 2015/16).

Fim do projeto Rexona

O fim do projeto Rexona no voleibol feminino aconteceu com mais um título da Superliga, a de 2016/2017. Naquela temporada, a equipe atuou como Rexona-Sesc/Rio de Janeiro.

Foram 12 títulos de Superliga feminina em 20 anos de projeto, iniciado em Curitiba e depois migrado para o Rio de Janeiro. Após a conquista em 2016/2017, o então copatrocinador Sesc passou a ser o gestor do time ainda comandado por Bernardinho.

Na temporada 2018/2019, pela primeira vez desde a criação do projeto, o Sesc-RJ, de Bernardinho, não chegou às semifinais da Superliga Feminina. Antes de ser eliminado pelo Sesi Bauru nas quartas de final, a equipe alcançou uma série de 14 finais consecutivas.

Entre títulos nacionais, o time do Rio de Janeiro foi também tetracampeão da Copa Brasil de Vôlei Feminino. O Sesc-RJ foi ainda tetracampeão sul-americano (2013, 2015, 2016 e 2017) e conquistou 16 vezes o Campeonato Carioca.

Rexona-Ades decacampeão da Superliga Feminina de Vôlei com Fofão
A parceria com Rexona foi de sucesso e rendeu vários títulos (Reprodução)

Lista de títulos do Sesc-RJ na Superliga ano a ano

  • 1997/1998 – Rexona-PR
  • 1999/2000 – Rexona-PR
  • 2005/2006 – Rexona-Ades-RJ
  • 2006/2007 – Rexona-Ades-RJ
  • 2007/2008 – Rexona-Ades-RJ
  • 2008/2009 – Rexona-Ades-RJ
  • 2010/2011 – Unilever-RJ
  • 2012/2013 – Unilever-RJ
  • 2013/2014 – Unilever-RJ
  • 2014/2015 – Unilever-RJ
  • 2015/2016 – Rexona-AdeS (RJ)
  • 2016/2017 – Rexona-Sesc (RJ)

Como foram os títulos do Sesc-RJ na Superliga Feminina?

Seja como Rexona, Unilever ou Sesc-RJ, a equipe mais vitoriosa da história da Superliga Feminina construiu uma história recheada de capítulos memoráveis para os fãs de vôlei.

Confira, a seguir, como foram todas as finais do Sesc-RJ na Superliga.

Superliga Feminina 1997/1998

Estreante, o Rexona, então com sede no Paraná, conquistou seu primeiro título. O time comandado por Bernardinho venceu na final o Leites Nestlé, que buscava o tetracampeonato: 3 jogos a 1.

Superliga Feminina 1998/1999

O sonho do bicampeonato do Rexona foi adiado pelo Uniban/São Bernardo (SP). O time paulista venceu dois jogos em Curitiba e conquistou seu primeiro e até hoje único título.

Superliga Feminina 1999/2000

Sob o comando de Bernardinho, o Rexona chegou à terceira decisão consecutiva. O time paranaense conquistou o segundo título ao derrotar o MRV/Minas.

Rexona bicampeão Superliga Feminina de Vôlei
Rexona bicampeão da Superliga Feminina de Vôlei (Reprodução)

Superliga Feminina 2004/2005

Em sua quarta final seguida, o Finasa/Osasco garantiu o tricampeonato ao derrotar o Rexona-Ades, que acabara de se mudar para o Rio de Janeiro.

Superliga Feminina 2005/2006

A temporada 2005/2006 marcou a despedida de Fernanda Venturini, que conquistou o seu 11º título brasileiro ao lado do marido, o técnico Bernardinho. Ela ainda levou o prêmio de melhor levantadora da Superliga. Na decisão, o Rexona-Ades (RJ) venceu o Finasa/Osasco (SP) por 3 jogos a 2.

Fernanda Venturini campeão da Superliga Feminina em 2006
Fernanda Venturini é um dos grandes nomes na história do clube (Reprodução)

Superliga Feminina 2006/2007

Pelo terceiro ano consecutivo, Rexona-Ades e Finasa/Osasco fizeram a final da Superliga. O título ficou com a equipe carioca e só foi decidido no quinto jogo e no quinto set, no ginásio do Caio Martins, em Niterói (RJ).

Superliga Feminina 2007/2008

Na decisão, pela quarta vez consecutiva, Rexona-Ades e Finasa/Osasco decidiram o título, mas pela primeira vez em uma partida única. No ginásio do Maracanãzinho, o time carioca conquistou seu quinto título.

Superliga Feminina 2008/2009

No Maracanãzinho, Finasa/Osasco e Rexona-Ades ficaram frente a frente pela quinta vez consecutiva. De virada, o Rexona-Ades conquistou sua sexta vitória.

Superliga Feminina 2009/2010

Após cinco vice-campeonatos consecutivos, o Sollys/Osasco (antigo Finasa/Osasco) conquistou o título da Superliga 2009/2010. No ginásio do Ibirapuera, em São Paulo, o time paulista venceu a Unilever (RJ), antigo Rexona, por 3 sets a 2, com 15/12 no quinto set. Foi a quarta vitória do Sollys/Osasco, tricampeão entre 02/03 e 04/05.

Superliga Feminina 2010/2011

Pela sétima vez, a equipe do Rio de Janeiro, representada pela Unilever, foi campeã da Superliga. Com Dani Lins, Fabi, Sheilla e Mari, além do retorno de Valeskinha, o time do técnico Bernardinho venceu o Sollys/Osasco (SP) por 3 sets a 0.

Superliga Feminina 2011/2012

O Sollys/Nestlé se vingou da derrota no ano anterior e superou a Unilever (RJ), no ginásio do Maracanãzinho, no Rio de Janeiro, por 3 sets a 0. A levantadora Fabíola e a oposto americana Destinee Hooker foram os destaques da decisão.

Superliga Feminina 2012/2013

A final entre Unilever (RJ) e Sollys/Nestlé (SP) se repetiu mais uma vez. Na temporada 2012/2013, diferentemente da anterior, o time carioca saiu com o título, conquistando assim o octacampeonato da competição.

Superliga Feminina 2013/2014

A Unilever assegurou o nono título da Superliga ao vencer o Sesi-SP na grande final por 3 sets a 1, no Maracanãzinho, no Rio de Janeiro. O troféu foi levantado pela capitã Fofão, eleita a melhor jogadora da decisão.

Rexona-Ades campeão Superliga Feminina 2013/2014
Sesc-RJ venceu pela 9ª vez em 2013/14 (Reprodução)

Superliga Feminina 2014/2015

Apenas com a troca do nome de Unilever para Rexona-Ades, o time carioca mais uma vez subiu ao degrau mais alto do pódio na Superliga. Na Arena da Barra, diante de seus torcedores, a equipe dirigida pelo técnico Bernardinho bateu o Molico/Nestlé (SP) e foi campeã no dia da aposentadoria definitiva da le­vantadora Fofão.

Superliga Feminina 2015/2016

O Dentil/Praia Clube (MG) não resistiu ao Rexona-Ades (RJ), que fazia a décima segunda final consecutiva, e usou sua maior experiência para le­vantar o troféu pela 11ª vez na temporada 2015/2016.

Sesc-RJ: história, títulos, elenco e parceria com o Flamengo
A 11ª conquista veio em 2015/16 (Reprodução)

Superliga Feminina 2016/2017

Uma final já bastante conhecida reuniu Rexona-Sesc (RJ) e Vôlei Nestlé (SP) no Rio de Janeiro na decisão de 2016/2017. Também com o apoio da torcida, que encheu a Jeunesse Arena, no Rio de Janeiro, o time carioca levou a melhor e garantiu o 12º título na Superliga.

Rexona-Sesc campeão da Superliga Feminina de vôlei 2016/2017
Em 2016/17, o Sesc-RJ já estava perto do fim do domínio nacional (Reprodução)

Superliga Feminina 2017/2018

O Sesc Rio venceu o primeiro jogo, no Rio de Janeiro, e o Dentil/Praia Clube levou a melhor em Uberlândia (MG). Assim, conforme o regulamento, a disputa pelo título foi para o Super Set. No final, vitória e título para o Praia.

Todos os títulos do Sesc-RJ

  • Campeonato Sul-Americano: 2013, 2015, 2016 e 2017;
  • Superliga Feminina (12): 1997-98, 1999-00, 2005-06, 2006-07, 2007-08, 2008-09, 2010-11, 2012-13, 2013-14, 2014-15, 2015-16 e 2016-17;
  • Copa do Brasil: 2007, 2016, 2017 e 2020;
  • Supercopa Brasileira: 2015, 2016 e 2017;
  • Supercopa dos Campeões: 2001;
  • Campeonato Carioca (18): 1999, 2004, 2005, 2006, 2007, 2008, 2009, 2010, 2011, 2012, 2013, 2014, 2015, 2017 2018, 2019, 2020, 2021 e 2022;
  • Copa Rio: 2009;
  • Torneio Top Volley: 2006 e 2009;
  • Salonpas Cup: 2004, 2006 e 2007;
  • Campeonato Paranaense: 2003;

Quem são as maiores jogadoras da história do Sesc-RJ?

Praticamente, todas as principais jogadoras do voleibol brasileiro nas últimas décadas defenderam o Sesc-RJ em algum momento de suas carreiras. A equipe já foi liderada, por exemplo, pelas levantadoras Fernanda Venturini e Fofão. Porém, nenhuma foi tão identificada com o time quanto a líbero Fabi.

Bicampeã olímpica (Pequim 2008 e Londres 2012) e considerada a melhor da posição no vôlei feminino, Fabi se aposentou em 2018. Foram 20 anos de carreira e 13 deles dedicados a defender o Sesc-RJ nas diferentes etapas do projeto da equipe.

Fabi disputou 14 finais da Superliga Feminina, sendo 13 delas pelo Sesc-RJ. Ela foi decacampeã nacional de vôlei pelo time do Rio de Janeiro.

Por sua identificação e currículo recheado de títulos, Fabi pode ser considerada a maior jogadora da história do Sesc-RJ.

Quem é o maior técnico da história do Sesc-RJ?

O maior treinador da história do Sesc-RJ é Bernardo Rezende, o Bernardinho. Ele comandou a equipe no início de sua história, no fim da década de 1990, no Paraná, e retornou ao clube em 2004, já depois de sua mudança para o Rio de Janeiro.

Bernardinho campeão da Superliga Feminina de vôlei
Bernadinho é o maior técnico que já passou pelo clube (Reprodução)

Além de 12 títulos da Superliga Feminina de vôlei, com o projeto Rexona, Bernardinho foi tetracampeão sul-americano (2013, 2015, 2016 e 2017) e conquistou 16 vezes o Campeonato Carioca.

Depois de não conseguir levar o Sesc-RJ às semifinais da Superliga Feminina em 2018/2019, Bernardinho tenta retomar o caminho de conquistas com o time do Rio de Janeiro a partir da parceria com o Flamengo em julho de 2020.

Elenco do Sesc Flamengo – Superliga Feminina 2024/25

Saiba como está o elenco do Sesc Flamengo para mais uma edição da Superliga Feminina de Vôlei 2024/25.

A equipe, comandada pelo renomado técnico Bernardinho, busca fazer uma boa campanha e, com isso, chegar à grande final, feito que passou na trave na última temporada.

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