O técnico Zé Roberto Guimarães está na Seleção Brasileira feminina desde 2003. Durante essa longa e vitoriosa trajetória, o treinador também precisou fazer escolhas difíceis.

Os cortes para uma disputa de Jogos Olímpicos são sempre um momento complicado para os treinadores e também para os atletas. Dessa forma, Zé comentou sobre o pior corte que já fez.

Zé Roberto Guimarães lembra do corte de Mari Steinbrecher

Em entrevista ao podcast Ataque e Defesa do jornalista Alê Oliveira, Zé Roberto revelou o sentimento de cortar uma jogadora antes da Olimpíada.

Não tem como não sentir, semanas antes do corte eu já fico mal, porque eu sei que a gente vai se separar e que essa jogadora nunca vai entender porque foi cortada. Para gente é um momento muito complicado, é uma separação do time e da comissão técnica. Mas, tem que ser feito.

Em seguida, o treinador da Seleção Brasileira revelou que o corte da ponteira Mari Steinbrecher em 2012 foi um dos mais difíceis de ser feito.

A Mari sempre foi para mim minha filha, conheci ela quando ela tinha 16 anos. Eu era um pai também para ela, participei da vida dela, sempre estive muito próximo.

Esse foi um dos cortes mais difíceis e mais duro da minha vida. Naquele momento, tinha que ser feito, mas foi muito triste. Eu sinto até hoje de ter feito aquele corte, mas tinha que ter acontecido.

“Era como uma filha”, Zé Roberto revela corte mais doloroso na Seleção Brasileira
Zé Roberto e Mari antes das Olimpíadas de 2012 [Alexandre Arruda/CBV]

Zé Roberto lamenta outros cortes

Ainda no mesmo assunto, o técnico da Seleção Brasileira citou mais alguns cortes e destacou que sempre foi difícil fazer esse tipo de escolha.

Cortar a Camila foi difícil, cortar a Carol Gattaz foi difícil, Juciely, Fabíola, Monique, Michelle, todas foi muito difícil. A gente sempre fica pensando que são atletas e estão fazendo força, suando.

É o sonho da vida delas. Eu também fui cortado, fui uma vez para os Jogos Olímpicos e não fui depois, a vida é assim, infelizmente.

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